Telecom

Anatel bloqueia 1,5 mil endereços de TV Box pirata e cria laboratório próprio

A Anatel inaugurou nesta sexta, 1º/9, um laboratório próprio em sua sede, em Brasília, capaz de identificar de forma automatizada o caminho por redes – internet ou via satélite – usado por equipamentos clandestinos de TV Box. 

“O laboratório consolida o trabalho de combate à pirataria. Temos apertado o cerco em todos os sentidos”, destacou o vice presidente da Anatel, Moisés Moreira, que é o responsável pelo tema no órgão regulador. 

Em fevereiro, a agência iniciou uma cruzada contra o uso de equipamentos de TV Box sem homologação, que o mercado estima serem 7 milhões espalhados pelo país. Decidiu analisar os equipamentos, identificar o caminho para transmitir conteúdo pirata e bloqueá-lo. 

Nesses sete meses, a agência identificou pelo menos 30 equipamentos diferentes nessa condição, fabricados especialmente por nove empresas que exploram esse nicho, e conseguiu bloquear 1,5 mil endereços, IP ou via satélite. 

Vale lembrar que, em operações com a Polícia Federal e com a Receita Federal, a agência já apreendeu 1,4 milhão de “caixinhas” piratas. 


O laboratório tem capacidade de automatizar essa identificação de endereços de 100 TV Box simultâneos – por enquanto, há somente uma dezena deles instalador e sendo analisados. 

“Agora poderemos fazer isso 24 horas por dia, sete dias por semana e queremos,  pelo menos, dobrar os bloqueios que já estamos fazendo. Não temos a pretensão de acabar com a pirataria, mas diminuir a viabilidade, fazer difícil, complicado. Muita gente só sabe que usa equipamento pirata quando é bloqueado”, disse o superintendente de fiscalização da Anatel, Hermano Tercius. 

Adicionalmente, a agência também quer facilitar a comunicação para empresas de telecomunicações sobre bloqueios determinados a partir da atuação da polícia e do Ministério Público. 

“Vamos ampliar a parceria para as ordens judiciais e a ideia é que essas decisões entrem no fluxo administrativo da agência para facilitar a notificação às empresas”, explicou Tercius. 

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