Telecom

Anatel decidiu que as MVNOs não são relevantes para o mercado nacional

A afirmação é do presidente da Arquia/Datora, Thomas Fuchs. "Há muitos pontos de interrogação depois de agência reguladora deixar o mercado na livre negociação. Muita insegurança jurídica", frisou.

As MVNOs vivem um momento de insegurança jurídica desde que a Anatel decidiu deixar o mercado pela livre negociação no Plano Geral de Metas de Competição. Esse foi o recado dado durante painel sobre o momento das MVNOs, realizado na Futurecom 2025, nesta quarta-feira, 01/10.

“A Anatel pode considerar que está satisfeita com a regulação, mas será que o cliente está? Muitas vezes nem a própria agência sabe qual caminho seguir diante de determinados impasses”, pontuou Tomas Fuchs, CEO da Arquia/Datora.

Bruno Ajuz, da Telecall, MVNO que chegou à marca de 1 milhão de chips ativos, reforçou que os desafios incluem não apenas a insegurança regulatória, mas também a ausência de incentivos específicos que poderiam estimular o crescimento das MVNOs no Brasil.

“Existem muitas dúvidas nas negociações com as operadoras. É preciso mais clareza regulatória e mecanismos de estímulo, caso contrário, o mercado continuará pequeno”, avaliou. Hoje as MVNOs representam menos de 4% do mercado nacional.

Em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, o presidente da Datora/Arquia, Thomas Fuchs, lamentou a decisão da Anatel. “Nós não sabemos o que vai acontecer. Há muitos pontos de interrogação. Infelizmente nos passam que o mercado não é relevante para a Anatel, que acredita que o mundo móvel está de acordo com a necessidade de mercado”, diz.


Fuchs diz que os investimentos da Datora/Arquia vão ser mantidos e o segundo core de rede 5G standalone foi implantado. “Mas isso é Brasil”. O executivo também falou sobre a desoneração dos dispositivos IoT. “Precisamos ver isso assinado e faltam menos de 90 dias para ser assinado. A desoneração termina em dezembro”. Assista a entrevista.

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