Anatel descarta intervenção iminente na Oi
O presidente da Anatel, Leonardo de Morais, descartou, em nota oficial publicada nesta sexta, 16/8, que a agência tenha planos para uma intervenção iminente na Oi, em resposta ao indicado pelo jornal O Estado de S. Paulo em reportagem sobre a piora das finanças da operadora.
“Não se atestam as informações veiculadas na data de hoje, em matéria publicada pelo jornal Estado de São Paulo (“Situação das contas da Oi piora e Anatel estuda intervenção”), concernentes à possibilidade iminente de decretação de intervenção ou de aplicação de caducidade às concessões de telefonia fixa do Grupo Oi S/A”, diz Morais na nota da Anatel.
Nesta semana, a Oi apresentou números do segundo trimestre com queda nas receitas (-8,2%) e no número de assinantes (-5,4%), e com aumento do endividamento (+25,5%, para R$ 12,5 bilhões). A empresa prevê investimentos de R$ 7,5 bilhões neste ano e montante semelhante em 2020 em uma aposta em serviços sobre fibra óptica para se recuperar.
“Para o regulador setorial, por força de suas competências legais, têm primazia a efetiva preservação e a continuidade dos referidos serviços. Nesse contexto, uma solução de mercado definitiva é o cenário preferencial para a evolução positiva da situação do Grupo, diante de sua aderência ao modelo regulatório vigente.
Soluções de outra natureza são excepcionais e ultima ratio. Dependem não apenas do atendimento das hipóteses previstas em Lei, mas também de se mostrarem, ante a análise de conveniência e oportunidade, instrumentos hábeis a alcançar posição mais segura e favorável ao interesse público.”, diz ainda o presidente da Anatel.
A nota termina com um recado interno: “A atuação no referido acompanhamento pressupõe, de todos os agentes envolvidos, alto grau de prudência e discrição no tratamento da matéria, vez que eventuais manifestações, sem lastro factual, podem causar impactos sobre o mercado e externalidades negativas com efeitos deletérios sobre o custo de capital do setor, transbordando, inclusive, o caso concreto.”