Telecom

Anatel prepara novo leilão de frequências e vai incluir faixa de 6GHz

A Anatel vai abrir nos próximos dias uma tomada de subsídios com vistas a um novo leilão de radiofrequências, a ser realizado em 2025. 

Segundo revelou o presidente da agência, Carlos Baigorri, ao participar do seminário Políticas de (Tele) Comunicações, nesta terça, 6/2, a área técnica está concluindo o inventário sobras e frequências disponíveis para preparar o debate. 

Uma das propostas que tem tudo para mexer com o mercado é colocar no leilão a faixa de 6 GHz  – aquela que a Anatel destinou, em 2020, totalmente para uso não licenciado. 

Vale lembrar que, em dezembro último, durante a conferência mundial de radiocomunicação da UIT, a Anatel defendeu a divisão dos 1200 MHz dessa faixa, com 700 MHz para telefonia móvel e 500 MHz continuaria para WiFi

Quem acompanha o tema aponta que as empresas que prometiam apostar no uso não licenciado até aqui não colocaram essa fatia do espectro em uso. 


Mais do que isso, já avisaram a própria agência de que não há mais interesse em adotar o WiFi 6E, concentrando totalmente o foco no WiFi 7. 

Nem um, nem outro, saiu do papel – sequer nos EUA, que lideraram a posição adotada pelo Brasil em 2020. Por aqui, a maior das teles que prometia apostar nesse caminho, até hoje não tem um único cliente conectado com WiFi 6E ou 7. 

Não chega a surpreender, nesse cenário, que parte do mercado já tenha desistido de uso para WiFi doméstico e queira os 6GHz para fazer enlaces de rádio. 

Esse debate tem boas chances de esquentar, porque as aplicações móveis (IMT) tampouco não avançaram no uso dessa parte do espectro – apesar da forte defesa de que vários países dividiram o espectro, como agora defende a Anatel. 

Ou seja, tampouco avançou o ambiente de dispositivos e aplicações que fazem uso do 6GHz outdoor, como sempre defenderam as grandes teles móveis e, especialmente, os principais fabricantes de equipamentos. 

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