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Telecom

Anatel tenta mais uma vez leiloar faixa de 3,5 GHz,agora, para o 5G

Sob a batuta da Anatel, as operadoras e fabricantes de equipamentos vão realizar testes para avaliar o uso da faixa de 3,5 GHz em aplicações de 5G, tendo em vista que esse é dos nacos de espectro avaliados internacionalmente para a nova onda tecnológica. A ideia é concluir os testes até agosto e manter o cronograma que prevê um leilão dessa faixa em 2019.

“Nossa perspectiva é concluir os testes de convivência e interferência até agosto, dentro do objetivo de colocar em leilão até o segundo semestre do ano que vem”, diz o conselheiro Leonardo de Morais, que preside o comitê de espectro. Segundo ele, será usado o centro de referência tecnológica da Claro, no Rio de Janeiro, para a realização dos testes.

Segundo ele, há um positivo esforço conjunto na realização dos estudos, que além das instalações da operadora, na Ilha do Governador, vai contar com equipamentos dos tradicionais fabricantes e desenvolvedores, como Huawei e Qualcomm. “Estamos confiantes de que essa convivência será possível e vamos analisar a necessidade de medidas de mitigação de interferências”, explica.

“Certamente não podemos esquecer da questão social que é a recepção dos sinais da televisão aberta via parabólicas, mas o próprio número delas, baseado em uma pesquisa que sugere existirem 20 milhões, deveria ser melhor dimensionado”, diz o conselheiro da Anatel. Segundo ele, um dado favorável seria o uso de 25 MHz como ‘banda de guarda’ para reduzir riscos.

Em década e meia, a Anatel já tentou quatro vezes licitar a faixa de 3,5 GHz, mas sempre esbarrou no problema da interferência pela proximidade dessa fatia do espectro com a banda C. O risco de prejudicar a recepção dos sinais de televisão para quase um terço dos domicílios do país, que usam antenas parabólicas, na prática impediu que esses planos fossem adiante.


Desta vez, a área técnica da agência acredita que será possível adotar soluções de baixo custo para a mitigação das interferências. Isso pode vir a exigir um esforço nacional para a substituição de um dos componentes das parabólicas, em um trabalho que vai se espelhar no leilão da faixa de 700 MHz, que criou uma dinâmica operacional para a distribuição de conversores de sinais digitais para aparelhos de TV analógicos.

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