Telecom

Apple testa rede da TIM, mas não libera software e chip para 5G ‘puro’

Os usuários do iPhone 12 e iPhone 13 só vão ter acesso ao 5G standalone, chamado de 5G puro, quando a Apple permitir a troca de chip e a liberação de software, como fez na China, afirmou o vice-presidente de Tecnologia da TIM Brasil, Leonardo Capdeville.

“A Apple testou nossa rede. Nós abrimos nosso laboratório. Agora só eles vão ditar o que fazer no Brasil. Até agora não temos posicionamento algum”, relatou o executivo, durante evento teste para o Rock in Rio, realizado nesta terça-feira, 30/08, no Rio de Janeiro.

Capdeville está ciente que o ministro das Comunicações, Fabio Farias, está em negociação com a Apple, mas diz que com a operadora, o que era possível fazer do ponto de vista técnico e de rede já foi feito. “Temos de esperar a Apple”, relata. Ainda assim, Capdeville diz que os usuários do iPhone 12 e iPhone 13 já estão percebendo uma melhor performance.

“Com o tráfego 5G, a rede 4G sofreu uma melhora de performance. Na verdade, o diferencial do 5G standalone é a baixa latência, que no caso do consumidor, não é o que mais importa. Do ponto de vista de velocidade, com o 4G mais liberado, o serviço tem mais performance”, relata.

O vice-presidente de Tecnologia da TIM Brasil sustenta que para quem tem aparelhos Android não há a necessidade de troca de chip para quem já tem aparelhos 5G. “Não precisa trocar chip. Isso não existe”, assegura Capdeville.


Segundo ele, hoje, o 5G já representa 10% do tráfego. “É surpreendente. O movimento é muito maior do que nós tivemos, por exemplo, no 4G. Em São Paulo, 7% dos aparelhos da base TIM já são 5G. Em Goiânia acontece o maior percentual, 10%. No Rio, recém-lançado, o tráfego já está em 8%. O 5G está crescendo muito rápido”, observa. A TIM Brasil possui, hoje, 10 cores 5G distribuídos pelo Brasil, todos já integrados à computação em nuvem.  A previsão é chegar, em 2029, com 40 cores gerenciando cerca de 20 mil antenas 5G. 

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