Associação NEO: Há um movimento para brecar a ida dos provedores regionais para a telefonia móvel
"Depois de os provedores mudarem a banda larga fixa, os operadores móveis, concentrados, estão tomando atitudes para frear a competição. Eles sabem que os provedores vão mudar o mercado", afirma Rodrigo Schuch, presidente da Associação NEO. Sobre espectro, o executivo diz que é o oxigênio de todos os negócios.
Há um movimento evidente para brecar a ida dos provedores à telefonia móvel, muito pelo medo de eles transformarem o mercado como fizeram na banda larga fixa, diz o presidente da Associação NEO, Rodrigo Schuch, que realizou em Brasília, um evento para comemorar os 25 anos de atividade.
“Os ataques às assimetrias regulatórias, os ataques ao Plano Geral de Metas de Competição nos permitem entender que são ações para preservar mercado. Quem está no controle, sabe da força dos provedores”, adiciona. Essa disputa atinge até as operadoras virtuais.
As MVNOs do Rio Grande do Sul denunciam que as teles abriram o roaming entre elas, mas não para elas. “Não entendo porque não abrir. É uma medida de caráter humanitário em meio a uma tragédia. Depois se discute o roaming”, assinala Schuch.
A questão do uso de espectro também é pertinente à Associação NEO. No 700 MHz, a preocupação é com a questão das regras mais claras para o uso no caráter secundário. Mas o ponto mais sensível é a faixa de 6GHz. Parte dos associados da NEO quer usar a faixa para telefonia móvel. Parte quer para o Wi-Fi. Mas Schuch admite que o Wi-Fi 6E ainda é caro no Brasil.