Brasil avança, mas ainda fica atrás no 4G na América Latina
Os dados do índice 5G Americas de Penetração LTE na América Latina indicam que no quarto trimestre de 2016, a adoção do LTE aumentou 8,3 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre (2T) de 2016, o que significa que o serviço ficou disponível para 22,5% da população na região em dezembro do ano passado. Somente cinco mercados exibiram níveis de adoção da LTE superiores aos da América Latina enquanto região: Uruguai, Argentina, Chile, Brasil e Costa Rica.
Mas, segundo ainda a 5G Americas, isto não deve ser interpretado como um baixo nível de adoção em outros mercados, assim como demonstra o crescimento da LTE registrado em países como México, Panamá, Colômbia e Equador, durante o segundo semestre de 2016. O Uruguai continua como líder na adoção da LTE na região, com um percentual de 79,6%. No entanto, esta liderança em LTE ainda não migrou para serviços de LTE-A, que ainda não são oferecidos comercialmente neste mercado.
A 5G Americas acredita que a alta capilaridade da fibra óptica, em conjunto com um perfil de usuário inclinado a adotar rapidamente novas tecnologias apresentam um mercado favorável para a rápida adoção da LTE-A, uma vez que estiver disponível comercialmente. No Brasil, o LTE-A começa a ser ofertado com a liberação da frequência de 700 Mhz para as operadoras. O serviço, hoje, é comercial em Brasília nas operadoras TIM e Claro.
Em paralelo, a Argentina continuou seu rápido crescimento da LTE, superando o Chile com o segundo mais alto nível de penetração desta tecnologia de mercado na região. Maior número de dispositivos capazes de conectar a LTE servem para explicar o sucesso da tecnologia neste mercado. No mesmo período, o Chile foi classificado em terceiro lugar regional com uma adoção do LTE de 30,8% (ganho de 4,4 pontos percentuais). O Brasil e o México foram posicionados no índice em quarta e quinta colocações, atingindo 28,9% e 21% de adoção do LTE, respectivamente. Um aumento de mais de 10 pontos percentuais entre o 2T e o 4T de 2016.
A Bolívia foi o único mercado que registrou uma variação negativa na penetração da LTE entre o 2T e o 4T de 2016, saindo assim das primeiras colocações da classificação. O Paraguai caiu três posições em relação ao 2T de 2016 e registrou uma das taxas de crescimento LTE mais baixas. Além do Uruguai, seis mercados mantiveram seus lugares no índice (Venezuela, República Dominicana, Honduras, Guatemala Nicarágua e El Salvador) reportando assim algumas variações em pontos percentuais de penetração LTE menores do que a mostra. Desses mercados, El Salvador apresenta o caso de desenvolvimento LTE mais recente registrado no último trimestre de 2016.
O Índice 5G Americas de Penetração da LTE foi elaborado pela 5G Americas com informações estatísticas fornecidas pelas consultorias 451 Research, Carrier & Asociados, ITC SA, Ovum, Teleco e The Competitive Intelligence Unit – The CIU (México), e dados da população da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL).