Telecom

Brasil enterra discussão por uso da faixa 6GHz

O Brasil não vai mudar sua posição com relação à destinação da faixa de 6GHz, mesmo com a pressão feita pela GSMA, entidade global das operadoras de telecom, que mais uma vez – já que eno ano passado o tema esteve à mesa de debates – usou o Mobile World Congress, em Barcelona, para defender a reserva de uma fatia do espectro de 1200 Mhz às teles por conta do 5G.

Para acabar com qualquer rumor de mudança, o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, que está no Mobile World Congress 2023, enfatizou.”O assunto está encerrado. O 6GHz vai manter 1.200 MHz de capacidade para operadores não tradicionais”. O uso da faixa será um dos mais debatidos na Conferência Mundial do Espectro (WRC-23), realizada pela UIT, em novembro.

A Anatel mantém o seu planejamento para liberar o WiFi 6E outdoor ainda este ano com operação comercial já prevista para o segundo semestre. A meta é até ambiciosa: ter a tecnologia disponível antes mesmo dos Estados Unidos. “Essa é a meta do Balbino (superintendente da agência e responsável pelo tema. “Nós vamos para o WRC-23 muito tranquilos. A faixa será debatida lá, certamente, mas a nossa decisão está tomada”, sustentou ainda Baigorri.


No MWC 2023, o presidente do grupo Claro Brasil, José Félix, em bate-papo rápido com os jornalistas, confirmou que a companhia deverá promover um grupo de trabalho para discutir o tema da faixa de 6 GHz para uso não licenciado no WiFi 6E. Essa discussão deverá acontecer nas próximas semanas. As empresas de Internet se mobilizam. Também presente em Barcelona, a diretoria da Abrint assegura que está visitando os fabricantes e diz que os preços vão cair com a oferta comercial da faixa. 

Ana Paula Lobo viajou a Barcelona a convite da Huawei Brasil.

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