Brasil será piloto mundial da Motorola para liderança no B2B
A Motorola quer ser a provedora de hardware, software e serviços no B2B independentemente do tamanho do negócio – PME ou grandes corporações. Lançada há três anos, a unidade Motorola for Business se estrutura e prepara ações para ganhar a credibilidade das companhias. “O mercado está mudando. As empresas, por conta da segurança, querem ter o controle dos celulares e nós estamos juntando uma série de soluções ao hardware para permitir o controle total do dispositivo à empresa”, conta o diretor da Motorola for Business.
Não por acaso, uma das novidades da Motorola for business é a recriação do push to talk, ferramenta usada no início da geração dos serviços móveis. Repaginada, a ideia é que a ferramenta substitua o WhatsApp, uma vez que muitas corporações querem proibir o uso do OTT de mensagem durante o expediente de trabalho. A funcionalidade, já disponível no ThinkPhone, celular corporativo, lançado na semana passada, da linha premium, para funcionar no 5G e no Wifi 6E, em 6 GHz.
“As empresas abriram seus sistemas para os celulares pessoais dos empregados, mas, agora, há um risco enorme de segurança e de compliance, desejam voltar a ter o controle sobre seus funcionários. Muitas querem ter de novo o celular corporativo, com suas aplicações, controles e gerenciamento das aplicações disponíveis, com níveis de liberação ao funcionário”, explica o diretor da Motorola for Business para o Brasil, James Mattos.
O ThinkPhone não será produzido localmente, mas a Motorola lançará até o julho, o Moto E22 for business, esse sim fabricado no Brasil, e considerado celular de entrada, para atender as demandas das PMEs e das grandes corporações. A fabricante irá dar ainda três meses de acesso gratuito às aplicações.
“O Brasil será piloto mundial para o lançamento do Moto E22 for business. Esse celular terá todas as aplicações disponíveis no ThinkPhone, com um custo menor. Nossa intenção é massificar nossos serviços, que serão ofertados também no modelo como serviço. Vamos testar no Brasil e levar depois para outros países da região como México e Colômbia”, adiciona a diretora da Motorola for business América Latina, Georgia Sbrana.
Indagados pelo Convergência Digital, se a parte de aplicações- em especial plataforma de MDM e outros serviços como rastreamento e a repaginação do push to talk – não seria uma forma de competir com as unidades B2B das teles, Mattos assegurou que não. “Nossa ideia é que as teles entendam que temos tudo isso numa solução única envolvendo hardware, software e serviços. Hoje estamos consolidados como nº2 no mercado brasileiro. Queremos muito mais”, completa James Mattos.