Broadcom confirma oferta hostil de US$ 130 bi pela Qualcomm
A fabricante de chips de comunicações Broadcom fez uma oferta hostil para comprar a rial Qualcomm por 70 dólares por ação, ou 103 bilhões de dólares em dinheiro e ações, no que seria a maior aquisição de tecnologia de todos os tempos. A Qualcomm ainda não se pronunciou oficialmente. Um acordo combinaria duas das maiores fabricantes de chips de comunicações de telefonia móvel e elevaria as apostas para a Intel, que vem diversificando seu forte portfólio de computadores para a tecnologia em celulares.
A oferta da Broadcom embute prêmio de 27,6 por cento em relação ao preço de fechamento da Qualcomm na quinta-feira passada, de 54,84 dólares, um dia antes de notícias sobre um potencial acordo de compra das ações da empresa. A Broadcom diz que quer com a aquisição por um ponto final nas disputas entre a Qualcomm e a Apple.
Mas a proposta de aquisição hostil tem, é claro, o potencial financeiro do 5G. Segundo o estudo “The 5G Economy”, comissionado pela própria Qualcomm, a quinta geração de redes móveis deverá gerar receitas de até US$ 3,5 trilhões e produzir até US$ 12,3 trilhões em bens e serviços até 2035. A briga com a Apple se arrasta desde que a rival recusou um contrato da fabricante de chips que previa uma porcentagem por cada iPhone vendido para a Qualcomm.
Em resposta, a Qualcomm tentou proibir a venda de iPhones em terrotório chinês até que a Apple aceitasse os termos de licenciamento de processadores, exigência que a Maçã considerou abusiva e injusta. Rumores dão conta ainda que a Apple estaria com planos para abandonar de vez a parceria com a Qualcomm já em 2018, com o intuito de iniciar novas negociações com outras empresas concorrentes, como a Intel e a MediaTek.
*Com agências de notícias