Telecom

Claro: análise de rede permite ir além da oferta de conectividade

A Claro trabalha com networks analytics desde o início de sua rede, principalmente no caso da móvel, que nasceu com plataformas de contadores de uso e de consumo de recursos, explica André Sarcinelli, diretor de Engenharia da empresa. “Desde a nossa origem, analisar os dados das redes sempre foi fundamental para a nossa evolução”, afirma.

O entendimento dos dados da rede direciona a companhia desde a alocação de investimentos à compreensão dos desejos e necessidades do cliente. “Por isso, a network analytics é importante em várias etapas do negócio, como a definição de onde expandir ou aumentar a capacidade de rede ou a correta interpretação do comportamento de uso dos nossos serviços”, assinala Sarcinelli.

Na área de engenharia, network analytics já migrou de prover insights de rede (infraestrutura) para insights de serviços. O próximo passo, diz ele, é gerar informação para self healing, ou seja, a própria rede tomando decisões de autoconfiguração, correção e resiliência à medida que o tráfego consome seus recursos ou na reconfiguração automática de seus elementos no caso de um rompimento de fibra ou falha em uma plataforma.

“Com a evolução da tecnologia e a transformação digital, aceleramos ainda mais a adoção de soluções como big data e machine learning. A variedade e o alto volume de informações tornam necessária uma infraestrutura robusta para otimizar os resultados, combinando soluções com o objetivo de capturar, armazenar, analisar e disponibilizar esses dados”, aponta.

O foco da Claro ao adotar soluções para análise das redes tem sido garantir uma elevada experiência para os clientes com os serviços, otimizando, assim, seus investimentos. “A combinação de dados e soluções nos abre inúmeras possibilidades. Além do desenvolvimento de aplicações com foco em novos produtos e serviços e da evolução da eficiência operacional da rede, passamos a transformar esse conhecimento em inovação e desenvolvimento de novos negócios”, acrescenta Sarcinelli. Ele avalia que a Claro, apesar de já ter evoluído no uso de dados e analytics em rede, ainda está no início da jornada. “Há bastante espaço para progredir.”


Big data e analytics

Há cerca de três anos, a Claro investiu na criação do que chamou de Centro de Big Data e Analytics (CBDA) e estruturou o conceito, abolindo silos e gerando valor por meio da correlação dos dados de rede com outras informações de negócio. “Estamos continuamente inovando em soluções e aplicações baseadas em dados, mas vale ressaltar que também estamos transformando nosso jeito de trabalhar, tornando-nos cada vez mais ágeis e integrados”, enfatiza. “Gostamos sempre de destacar que, por trás dos dados e algoritmos, existem seres humanos, elementos essenciais para garantir o desenvolvimento e a implementação dessas soluções”, acrescenta. O desafio atual é gerar cada vez mais escala e consolidar a cultura de dados na organização.

Os projetos baseados em analytics são desenvolvidos a partir de um caso de uso, alguma solução que se deve desenvolver para resolver algum problema ou capturar uma nova oportunidade. A partir daí, são montados grupos multidisciplinares, integrando profissionais de negócios, tecnologia, processos e dados. “A união de pessoas com conhecimentos e experiências distintas, em busca de um objetivo único, é o principal segredo do sucesso, antes mesmo da utilização das tecnologias”, aponta.

Os dados de utilização e tráfego de rede podem ser utilizados com diversos objetivos, como desenvolver e adequar as ofertas de produtos e serviços e criar projetos de eficiência operacional. “Temos desenvolvido diversas soluções em todas essas frentes, como projetos de expansão de rede fixa e móvel, adequação de planos de banda larga e telefonia móvel. Também estamos investindo em soluções com foco em eficiência de manutenção e capex [sigla em inglês para despesas de capital ou investimento em bens de capital] da rede”, diz Sarcinelli.

Para ele, network analytics é vital para as telcos, uma vez que permite entregar soluções inovadoras que vão além da conectividade, bem como criar alternativas que podem apoiar diversas outras empresas na expansão de seus negócios. “Estamos abertos para compartilhar com nossos parceiros todo esse novo leque de oportunidades”, adianta.

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