Claro descarta cronograma da Anatel e defende leilão de espectro só em 2020
Diante do plano em desenvolvimento na Anatel de fazer um grande leilão de frequências no próximo ano, pelo menos parte do mercado defende adiamento desse cronograma. Como sustentou o nesta quarta, 23/5, no Painel Telebrasil, o diretor jurídico e regulatório da Claro, Oscar Petersen, o setor precisa de tempo para amortizar os investimentos mais recentes em espectro.
“Cogitar a realização de um leilão de faixas de frequência seria precipitado, na medida em que ainda existem pendências nas faixas licitadas em 2014”, afirmou o executivo, lembrando que as empresas que aportaram R$ 5 bilhões no leilão de 700 MHz só terão total acesso às frequências adquiridas também no fim do próximo ano.
“Vamos começar a amortizar os investimentos de forma plena somente após a entrega total da faixa”, insistiu o diretor jurídico regulatório da Claro. Pelo cronograma do desligamento analógico, 582 cidades são esperadas para terem o espectro liberado em 2018 e 1.246, até o fim de 2019.
Na Anatel, chegou a ser cogitada a oferta ainda neste 2018 da fatia que sobrou dos 700 MHz (que seria para a Oi, mas a tele não foi ao leilão em 2014). A ideia agora é reunir essa sobra, mais a faixa de 3,5 GHz, além de cerca de 100 MHz em 2,3/2,4 GHz para um grande leilão em 2019. Chegou também a ser avaliada a oferta na faixa de 1,5 GHz, mas já foi descartada.
Oscar Peterson ressaltou, no entanto, que a faixa de 3,5 GHz deveria esperar o 5G. “A faixa é importante e deve ser preservada para 5G. Existe interferência com as antenas parabólicas, algo que não é simples de resolver. Nossa expectativa é que não ocorra licitação antes de 2020”, insistiu. Segundo ele, a mitigação da
interferência das parabólicas é mais complexa do que se dá com os 700 MHz.
* Com informações da Agência Telebrasil