Telecom

Claro: Hábitos da quarentena transformaram as redes móveis

Os hábitos de consumo de conteúdo adquiridos pelo brasileiro durante o isolamento social devem acelerar a transformação das redes móveis, avalia a Claro. Segundo relatou a empresa no 5×5 TEC Summit, realizado nesta sexta-feira, 11/12, aplicações de vídeo que se tornaram populares durante a quarentena da covid-19 já estão crescendo nas redes 4G.

“Há uma transformação: tudo que a gente viveu na pandemia dentro de casa, está indo agora para as redes móveis”, afirmou o diretor de marketing da Claro, Márcio Carvalho. “Estamos vendo aplicativos extremamente demandados [na rede fixa], incluindo streamings de conteúdo, indo para a rua em todas as telas”. Segundo estudos, o tráfego móvel no Brasil chegou a cair 15% durante a pandemia.

As redes fixas, por outro lado, enfrentaram uma explosão na demanda. Para Carvalho, as empresas de telecom fizeram um trabalho notável ao suportar todo o tráfego. Neste sentido, as gigantescas lives realizadas por artistas e outras transmissões do gênero estiveram entre os maiores desafios; a própria Claro promoveu acordos para transmitir parte dos conteúdos pela TV (broadcast) como forma de diminuir o impacto nas redes.

“A realidade que vimos na pandemia, de maneira forçada, é que o tráfego da Internet aumentou e não volta mais, parece um pouco com o nosso [câmbio do] dólar”, comparou o VP de negócios da Ericsson no Brasil, Tiago Machado.

5G


“Ter sempre a tecnologia mais moderna para transmissão de maior carga [de conteúdos] é muito importante neste período em que as pessoas estão começando a sair e onde ocorre um processo híbrido nas empresas”, prosseguiu Márcio Carvalho, destacando o 5G via compartilhamento dinâmico de espectro (5G DSS) como próximo passo necessário.

Segundo o diretor de marketing da Claro, o DSS para a quinta geração já está cumprindo bem o seu papel em grandes mercados, que mesmo desenvolvidos estariam enfrentando dificuldades em realizar o lançamento massivo de novas torres 5G.

Para Carvalho, a situação será ainda mais desafiadora no Brasil, dado a carga tributária, a desvalorização do real e outros fatores que afetam a cadeia de infraestrutura. “O nosso business case é diferente”, afirmou Carvalho, avaliando que a jornada até o “5G sonhado” deve levar algum tempo no Brasil.

Tiago Machado, da Ericsson, classifica a chegada do 5G DSS durante plena pandemia como um sinal de que a demanda pela conectividade já atua de maneira forte, como vetor de transformação. “A tendência de aumento já estava estabelecida, o que mudou foi a inclinação da reta.”

O evento 5×5 TecSummit é organizado pelos portais jornalísticos especializados Convergência Digital, Mobile Time, Tele.Síntese, TELETIME e TI Inside, com a proposta de debater a modernização de cinco setores essenciais para a economia brasileira. Inscreva-se gratuitamente e assista as palestras sobre os setores de governo, saúde, energia, finanças e entretenimento estão disponíveis.

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