Telecom

Claro traz 5G com compartilhamento de frequência para o Brasil

Depois de fazer um teste, em fevereiro deste ano, na sua sede, em São Paulo, a Claro anuncia o 5G DSS, com a chegada do smartphone Edge 5G, da Motorola. Através da tecnologia DSS (Dynamic Spectrum Sharing, ou, na tradução, Compartilhamento Dinâmico de Espectro), a rede da Claro passará a distribuir recursos dinamicamente entre os smartphones atuais, que operam nas gerações anteriores, e os novos, que começarão a ser vendidos em breve e que sejam compatíveis com a nova rede 5G DSS.

A Claro informa que os clientes adquirentes dos smartphones Edge, da Motorola, vão estar aptos a ter as primeiras experiências com a tecnologia 5G, com conexões 12 vezes mais velozes que o 4G convencional. A rede 5G DSS da Claro utiliza a tecnologia de Compartilhamento Dinâmico de Espectro da Ericsson para oferecer a quinta geração nas faixas de frequências disponíveis hoje, sendo que o Motorola Edge, em pré-venda a partir de hoje, conta com a tecnologia 5G baseada na plataforma móvel Qualcomm Snapdragon 765 e também compatível com o recurso DSS.

Na próxima semana, a Claro, Ericsson, Motorola e Qualcomm vão detalhar os planos de implantação da nova tecnologia, como a cobertura inicial de rede 5G DSS e o início das vendas do primeiro aparelho compatível no mercado brasileiro. Além disso, as empresas trabalharão em conjunto com a sociedade para fazer do 5G mais uma ferramenta de combate ao coronavírus e seus efeitos nocivos para a economia do país. As empresas estão trabalhando para acelerar iniciativas ligadas à telemedicina e à educação a distância, potencializadas pela nova tecnologia, e desenvolvidas especialmente para a população que mais precisa.

“A chegada do 5G DSS permite oferecer uma primeira experiência com a quinta geração das redes móveis, utilizando tudo que temos investido e que já está disponível hoje.Apesar dos tempos difíceis que vivemos no momento, vamos seguir evoluindo e investindo para oferecer sempre o melhor para nosso cliente”, afirma José Félix, presidente da Claro.

Todos os investimentos feitos para implantar o 5G DSS, nas frequências atuais, serão automaticamente aceleradores da implantação definitiva do 5G, com a posterior adição do espectro de 3,5 GHz e das faixas de onda milimétricas. Além das regiões que serão atendidas no plano inicial de implantação a ser anunciado pela Claro, a cobertura do 5G DSS crescerá gradativamente nos próximos anos dentro do projeto de modernização e expansão de capacidade de rede móvel da operadora.


O espectro adicional, que será leiloado pela Anatel em data futura, possibilitará expandir a capacidade de transmissão da rede 5G. Por utilizar frequências mais altas que as atuais, as novas faixas de espectro alocadas para o 5G exigirão a implantação de uma grande quantidade de antenas, para garantir cobertura e capacidade. Quanto mais alta a frequência, menor é o alcance e maior a necessidade de antenas de transmissão de sinal.

Outra evolução necessária na infraestrutura, nesse caso para redução da latência, será a virtualização de funções de rede, com a descentralização do core para datacenters mais próximos dos clientes, tecnologia conhecida como edge computing, o que a Claro já vem fazendo no plano de modernização da sua infraestrutura.

A Claro assume que a compra da Nextel foi relevante para a adoção do 5G DSS, uma vez que permitiu à tele ter a maior quantidade de espectro alocado no SMP no País, dentro dos limites estabelecidos pela Anatel. “O leilão do espectro adicional para o 5G será um próximo passo, que deverá vir no futuro, levando em consideração grandes desafios que a crise atual trouxe e o significativo investimento que dele decorre tanto para aquisição do espectro como para implantar a cobertura e a virtualização da rede”, complementa o CEO da unidade de Consumo e PME da Claro, Paulo Cesar Teixeira.

 

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