Claro/Embratel, TIM e Vivo estão fora do processo de venda da infraestrutura de rede da Oi
Em entrevista aos portais especializados – Convergência Digital, Tele.Síntese e Teletime – o CEO da Oi, Rodrigo Abreu, afirmou que as rivais- Claro/Embratel, TIM e Vivo – estão fora do processo de venda da unidade de infraestrutura, batizada de InfraCo, no aditamento ao plano de Recuperação Judicial, apresentado nesta terça-feira, 16/06, ao mercado.
“Foi uma decisão nossa não ter as nossas rivais entre as possíveis compradoras. A ideia é ter uma rede neutra que mais à frente terá até 30% da sua receita vinda do mercado. Também decidimos que não haverá fatiamento, ou seja, a InfraCo será uma empresa nacional, de escala e de grande atratividade. Ela tem um grande potencial para atender o presente e o futuro”, afirmou Abreu.
O executivo explicou ainda que a ClientCo, ou a Oi S.A., manterá toda a carteira de clientes do Oi Fibra, da telefonia fixa, da TV, dos clientes B2B, da Oi Soluções. A separação será estrutural. “Quem tem o cliente final é a ClientCo. Nós vamos contratar e pagar a infraestrutura usada da InfraCo ou de quem vier comprá-la”. Segundo Abreu, sem ter de investir em desenvolvimento de produto, em marketing, vendas e aquisição de clientes, a InfraCo vai gerar caixa operacional ainda no seu primeiro ano de operação”.
Abreu assegura que a primeira fase da rodada da venda da infraestrutura já está acontecendo e que há muito interesse de fundos financeiros. “Está tendo competição e bastante interesse”, disse, sem revelar quem seriam esses compradores. Expectativa da Oi é finalizar todo o processo de reestruturação até o final de 2021. “Se tudo sair como planejamos, a Oi S.A., ou ClientCo, será uma empresa de R$ 10 bilhões de receita, e com solidez operacional e financeira. Mas é certo que ainda temos muito trabalho pela frente”, adicionou. O CEO da Oi evitou, porém, em falar sobre redução de funcionários em função do novo processo de alinhamento da recuperação judicial.