Com 5G, Internet das coisas entra no radar dos bancos no Brasil
Se a massificação da banda larga transformou o aplicativo no celular o canal preferido do brasileiro para fazer transações bancárias, as instituições financeiras já estudam como usar a conexão dos objetos, oriunda da Internet das Coisas, quando o 5G estiver disponível no Brasil, afirmou o diretor de Tecnologia da Federação Brasileira de Bancos, Febraban, Gustavo Fosse.
“O trabalho é forte em robótica, em inteligência artificial, em big data, em analytics, em blockchain, mas também já há bancos estudando como vão usar Internet das Coisas quando o 5G ficar disponível. O futuro já se trabalha agora”, observou Fosse, durante coletiva para a divulgação da 27ª edição da Pesquisa de Tecnologia Bancária 2019 da Federação Brasileira de Bancos – Febraban, nesta terça-feira, 07/05, em São Paulo.
O levantamento deixou claro que 80% dos bancos investem, hoje, em big data/analytics, 67% estão investindo em blockchain, 73% aplicam recursos para inteligência artificial e computaçao cognitivia, 60% investem em robotics e 60% estão trabalhando para ter o open banking e marketplaces, sendo que este último, dependerá muito do interesse de cada segmento em compartilhar informações, observa Fosse.
Os investimentos em novas tecnologias são tendência. Tanto assim em 2018, meio bilhão de reais foram aportados a mais para software e serviços, por conta do incremento do uso da computação em nuvem, do big data e da inteligência artificial. O estudo da Febraban mostra que o número de transações bancárias com movimentações financeiras cresceu cerca de 33%.
O avanço de 80% na quantidade de transações com movimentações financeiras por celular foi puxado, principalmente, pelo crescimento número de contas pagar por esse canal (que chegou a 1,6 bilhão, em 2018) e de 119% na quantidade de DOCs, TED e outras transferências de quantias em contas bancárias (862 milhões).O brasileiro também contratou mais crédito pelo celular: foram 359 milhões de contratações em 2018, com aumento de 60% em relação ao ano anterior.
A Pesquisa, que contou com a participação de 20 bancos, também aponta que as comunicações feitas digitalmente também cresceram de maneira considerável. As interações feitas entre clientes e bancos por web-chat tiveram um crescimento de 364%, e chegaram a 138,3 milhões no ano passado. Já os atendimentos via chatbot passaram de 3 milhões, em 2017, para 80,6 milhões no ano passado, ou seja, aumentaram 2.585%.