Com recuperação judicial, Oi fecha 1º tri com lucro líquido contábil de R$ 30,5 bilhões
A Oi encerrou o primeiro trimestre de 2018 com um lucro líquido contábil de R$ 30,5 bilhões, refletindo a aprovação do plano de recuperação judicial (ocorrido em dezembro do ano passado) que reduziu a sua dívida em mais de R$ 36 bilhões. A operadora divulgou nesta terça-feira, 29/05, os resultados do primeiro trimestre. A operadora encerrou os três primeiros meses do ano com uma dívida total de R$ 13,5 bilhões e posição de caixa de R$ 6,2 bilhões (como já tinha antecipado). A dívida líquida, que era de R$ 47,6 bilhões no fim de dezembro, recuou para R$ 7,3 bilhões no fim de março.
A geração de caixa medida pelo lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado de rotina foi de R$ 1,572 bilhão, o que representa uma queda de 8,8 por cento na comparação do com o mesmo trimestre do ano passado. Apenas nas operações no Brasil, o Ebitda foi de 1,567 bilhão de reais nos primeiros três meses do ano.
Ao encerrar março, a Oi contava com 15,599 milhões de unidades geradoras de receita (UGRs) residenciais, 4,5% a menos do que no primeiro trimestre de 2017. Dessas, 9,001 milhões (recuo de 8,2%) eram de linhas de telefonia fixa. A banda larga totalizou 5,085 milhões de UGRs, redução de 2,3%, e a TV paga aumentou a base em 13,3%, totalizando 1,514 milhões de unidades. A receita média por usuário residencial foi de R$ 80,8, aumento de 1,5% sustentado principalmente pelo aumento da TV paga, que agora está presente em 16,8% da base de telefonia fixa, aumento de 3,2 p.p. comparado ao 1T17.
A velocidade média da banda larga da empresa em março era de 8,6 Mbps, aumento de 20%. A participação de UGRs com velocidades acima de 15 Mbps na receita aumentou 11,3 p.p. e ficou em 26,8%. Durante o trimestre, 71,4% das adições brutas de clientes foram com velocidades acima de 10 Mbps (7,4 p.p. acima no comparativo).
No segmento de mobilidade pessoal, considerando clientes B2B, a companhia fechou o trimestre com 36,434 milhões de UGRs, uma queda de 8,5%. O pré-pago caiu 10% e ficou com 29,660 milhões, enquanto o pós-pago (inclui controle, “serviços móveis convergentes” e dongles) caiu 1,5% e totalizou 6,774 milhões de UGRs.
Segundo a Oi, foram registradas adições líquidas trimestrais no pós e no controle pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2017, um total de 43 mil UGRs, o que afirma ser o maior patamar desde o último trimestre de 2016. A ARPU do segmento foi de R$ 16,3, aumento de 0,7%.
A operadora encerrou os três primeiros meses de 2018 com cobertura 2G em 3.407 municípios, além de 1.625 cidades com 3G (crescimento de 9,2%). Com o LTE, a Oi chega em 826 municípios, aumento de 191% comparado ao início de 2017.