ConectarAgro quer 13 milhões de hectares na área rural com conexão 4G até o fim de 2021
Levar conectividade para 13 milhões de hectares até o final de 2021. Essa é a nova meta da agora, Associação ConectarAgro. O movimento ConectarAGro foi criado há um ano e já conectou 5,1 milhões de hectares. Nesta quarta-feira, 01/07, em coletiva online, foi anunciada a criação da Associação, que nasce com oito associados: AGCO, Climate-Bayer, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble. E ao serem indagados, se a associação tinha exclusividade com TIM e Nokia, como fornecedores de conexão e de tecnologia, o presidente da entidade, Gregory Riordan, da CNH Industrial afirmou que não.
“Estamos abertos a outros fornecedores e operadoras, mas elas terão de se associar e responderem aos nossos estatutos. Não há acordo de exclusividade”, sustentou o executivo. Segundo Riordan, 35 empresas de diferentes áreas já demonstraram interesse em se associar, mas não falou quais são, e o trabalho de conectividade continuará tendo como pilar o 4G em 700 Mhz, usando o NB-IoT, a rede própria para conexão de coisas.
O diretor responsável pelo projeto na TIM, Alessandro Dal Forno, revelou que a iniciativa contabiliza 5,1 milhões de hectares cobertos com 4G, distribuídos por 218 cidades, em oito estados, somando mais de 50 mil propriedades, sendo 90% delas de pequeno porte, com até 100 Hectares, o que beneficiou aproximadamente 575 mil pessoas. Com a plataforma de NB-IoT, dedicada à conexão de objetos, foram 11,5 milhões de hectares cobertos.
O uso do 5G não está descartado, mas como a tecnologia vai usar tecnologias mais altas, como o 3,5 GHz, o alcance é menor em grandes áreas, mas o 4G em 700 Mhz segue sendo a tecnologia prioritária por atender a demanda e ser aberta e a mesma usada nas cidades.
Sobre o impacto da Covid-19 no agronegócio, o presidente da Associação ConectarAGro, admite que alguns projetos podem ter sido postergados, mas ela também obriga à digitalização como forma de recuperação dos negócios. “A Covid-19 estimula o uso das ferramentas digitais. Ela cria uma demanda ainda maior pela conectividade para sustentar os negócios no pós-pandemia”, completa Gregory Riordan.