Telecom

Consumidor brasileiro quer logo o 5G para ter estabilidade na banda larga

Estudo global feito pela Ericsson mostra que, no Brasil, 50% dos entrevistados não estão satisfeitos com a experiência no 4G, especialmente nos grandes centros onde há reclamação de redes congestionadas. No mundo, esse percentual fica em 40%. “Fica claro que o 5G não será só para empresas ou para indústrias, como se tinha o mito até então”, afirma, em entrevista ao Convergência Digital, o analista do Ericsson ConsumerLab, André Gualda.

Outro dado contabilizado pelo estudo, conta Gualda, é que o consumidor brasileiro quer, sim, ter o 5G o quanto antes, até porque a oferta de banda larga fixa não é a desejada. O levantamento apura que 30% dos respondentes disseram ter apenas um provedor de banda larga fixa na região onde moram. Apenas 1/4 dos entrevistados respondeu que tinham opções para contratar banda larga. “É fato que o Brasil avançou com a fibra óptica, mas precisa avançar muito mais. E o consumidor quer opções para escolher serviço e preço”, observa Gualda.

Sobre as oportunidades, o especialista da Ericsson diz acreditar que as operadoras devem começar com o 5G como hotspots nas grandes cidades exatamente para melhorar a oferta da banda larga móvel dando a tão desejada velocidade e estabilidade desejada. “Muitos clientes reclamam que a banda larga não tem uma linearidade de serviços, que ela oscila muito. Com o 5G isso muda e os usuários estão dispostos a pagar até R$ 20 reais a mais para ter esse serviço melhor”, assinala Gualda.

O levantamento da Ericsson apura que a metade dos chamados early adopters, aqueles que vão comprar os smartphones caros e contratarem os serviços de dados 5G tão logo eles sejam lançados, pagariam até 32% a mais pelo serviço se tivessem o 5G disponível. O relatório também aponta que um em cada cinco usuários de smartphones pode chegar a consumir mais de 200 GB por mês em um dispositivo 5G até 2025.

André Gualda ressalta que o fato de o Brasil entrar pelo menos dois anos depois no negócio do 5G dará condições para as operadoras entenderem melhor as estratégias que estão sendo lançadas nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Na percepção do analista da Ericsson, o Brasil, como tendência, deverá seguir o modelo europeu e asiático, com o 5G funcionando como hotspot nos grandes centros e depois expandindo para as médias cidades.  O Ericsson ConsumerLab ouviu 35.000 usuários de smartphones com idades entre 15 e 69 anos, em 22 países diferentes, sendo 1500 usuários no Brasil.


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