Coronavírus: Rio usa drones; denúncia por WhatsApp e dados móveis da TIM para conter aglomerações
A partir desta quarta-feira, 15/04, quem insistir em permanecer em aglomerações em locais públicos no Rio de Janeiro pode ser surpreendido por um drone equipado com um alto-falante, que vai emitir alertas sobre a importância de ficar em casa neste momento de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
O equipamento da prefeitura do Rio de Janeiro vai auxiliar o Centro de Operações e a base operacional montada no Riocentro para atender os chamados do Disk Aglomeração, bem como no monitoramento feito por sinal de celular.
Segundo o prefeito Marcelo Crivella, o drone vai auxiliar na conscientização da população. “Vamos usar um drone que tem um alto-falante. Ele vai levar uma mensagem às pessoas e avisar: por favor, voltem para casa. Não permaneçam em aglomeração, tem risco”. Os drones se juntam ao serviço para receber denúncias de aglomerações também por WhatsApp. Para enviar mensagens, basta cadastrar o número 3460-1746 no celular. Quando o usuário envia uma mensagem para o número, recebe de volta uma mensagem automática com o menu das opções disponíveis. Para fazer o registro, é preciso seguir as orientações.
De acordo com a prefeitura, no caso das denúncias para o Disk Aglomeração, o serviço automático apresenta um passo a passo, que pede o endereço completo do local da aglomeração e o tipo de evento ou situação onde foi identificada a concentração de pessoas. Pelo mesmo canal é possível fazer pedidos de remoção gratuita de entulho de obras residenciais e de remoção de bens inservíveis, como mobiliário, eletrodomésticos fora de uso ou outros objetos que não servem mais.
O cidadão é atendido por um operador do 1746 e recebe um número de protocolo para acompanhar o andamento da sua solicitação. Isso pode ser feito por qualquer um dos canais de atendimento da Central 1746 – telefone, portal e aplicativo, nas versões Android e iOS.
Disk Aglomeração usa dados da TIM
O Disk Aglomeração foi criado pela prefeitura para fiscalizar e coibir concentrações de pessoas no comércio essencial e em áreas públicas. O objetivo é ajudar a conter o avanço da pandemia do novo coronaírus (covid- 19).
O serviço é coordenado pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e funciona por meio da central 1746, que atende a denúncias ligadas a aglomerações em estabelecimentos essenciais e pontos públicos, como praças, áreas de lazer e estações de ônibus.
Os chamados são repassados às equipes da Guarda Municipal que atuam na base do Riocentro, na zona oeste da capital fluminense, onde funcionam as principais frentes do gabinete de crise da prefeitura para o combate à covid-19. A atuação terá ainda suporte da Polícia Militar do estado.
De acordo com a prefeitura, o Disk Aglomeração realizou 2.096 atendimentos em 15 dias de funcionamento. Ontem (14), os bairros mais demandados foram: Campo Grande, Realengo, Bangu, Centro, Santa Cruz, Tijuca, Copacabana, Taquara, Barra da Tijuca e Madureira. Na última semana, o serviço passou a usar sinais de celulares para detectar pontos de aglomeração, a partir de uma parceria com a operadora de telefonia TIM e o Centro de Operações Rio (COR).
*Com Agência Brasil