Correios iniciam operação de telefonia móvel em fevereiro
Os Correios lançarão de forma gradual, a partir de fevereiro deste ano, sua operação na área de telefonia móvel. A atuação da estatal como operadora móvel virtual (MVNO) já era esperada, desde a definição, em maio de 2016, de que a Surf Telecom, antiga EUTV, seria o parceiro dos Correios, responsável pela infraestrutura de suporte às telecomunicações.
De acordo com os Correios, o lançamento será gradual, começando por um projeto piloto em São Paulo, e seguindo com implantações subsequentes em Belo Horizonte e Brasília. A meta é alcançar todos os Estados do Brasil até o fim deste ano. Inicialmente, serão vendidos chips e recargas de plano pré-pago. A partir do segundo ano de operação, em 2018, serão iniciados estudos para definir a viabilidade da oferta de planos pós-pagos.
Batizada de Correios Celular, a MVNO focará na oferta de pacotes simples e “planejados para estar entre os mais baratos do mercado”. A estatal aposta na confiança que os clientes depositam na marca Correios e sua ampla rede de atendimento, presente em todo o País, como sendo os diferenciais da nova operadora. Em nota à imprensa, o presidente da estatal, Guilherme Campos, afirmou que ainda existe um “número enorme de brasileiros que ainda não utilizam telefonia móvel”.
De acordo com matéria do Estadão, a meta é faturar R$ 12,6 milhões ainda neste ano com a venda de chips e recargas, alcançando 1 milhão de usuários no mesmo período. As receitas devem subir progressivamente, chegando a R$ 297,6 milhões, ao longo dos cinco anos de contrato, em uma base estimada de 8 milhões de linhas móveis, divulgou o jornal.
Com relação a investimentos, os Correios explicaram que não precisam fazer nenhum investimento para atuar como operador de telefonia e que será utilizada a rede de agências e a rede corporativa de dados, já instaladas nos Correios, bem como os empregados já contratados.
Além de os Correios, outras empresas podem estar preparando o lançamento de operadoras virtuais. O jornal O Globo publicou que “mais de uma dezena de empresas já se estruturam para oferecer serviços de telefonia e internet móvel”.