Crise da Oi: Trabalhadores da Serede querem ser demitidos e empresa amarra decisão
Gestora judicial da Serede, Tatiana Binato, não recebeu os trabalhadores com a justificativa de estar em reunião com a juíza Simone Chevrand, responsável pelo processo. Plano de saúde dos funcionários da Serede no Rio de Janeiro foi suspenso por falta de pagamento.

Os trabalhadores da Serede querem que a empresa faça as demissões dos funcionários para que eles possam reestruturar suas vidas e aceitar ofertas profissionais que estão aparecendo, mas que não podem ser fechadas porque há o vínculo trabalhista com a Serede, afirma o presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de Telecomunicações (Fitratelp) João Moura. A reunião que estava agendada para esta sexta-feira, 19/12, com a gestora da Serede, Tatiana Binato, não aconteceu. A justificativa é que ela estava em reunião com a juíza Simone Chevrand, responsável pelo processo.
“Os trabalhadores da Serede querem ser demitidos. Eles estão perdendo oportunidades em outros prestadores porque a Serede não os demite. É claro que eles querem receber seus direitos, mas também querem reestruturar suas vidas e nada acontece. É um malefício para todo mundo”, afirma Moura, da Fitratelp.
Ele reclama que Tatiana Binato não recebe os trabalhadores, assim como a juíza responsável pelo processo, Simone Chevrand. “É ela quem tem de liberar recursos para a Serede fazer as demissões e acertar as contas. Fomos habilitados no processo, mas ela não nos recebe. Já temos problemas com o plano de saúde da Serede no Rio de Janeiro. Ele não foi pago. Temos de ter prazos e soluções à mão o quanto antes. Os trabalhadores precisam de respostas”, ressalta o presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de Telecomunicações. Vale lembrar que a ordem judicial é que o plano de saúde seja pago como obrigação da recuperação judicial.
Segundo ainda João Moura, o gestor judicial da Oi, Bruno Rezende, recebeu os trabalhadores. Disse que na Oi, os pagamentos estão sendo feitos à medida que os recursos são liberados pela Justiça. “A situação pior é na Serede. Há uma grande dúvida. E essa demora é angustiante para os trabalhadores”, insiste.



