Telecom

Cronograma do 5G e prevê novas parabólicas na primeira capital a partir de 20 de junho

Diante do apertado calendário para a oferta do 5G nas capitais e espremido pela falta de filtros para evitar interferências com os sinais da televisão, a Entidade Administradora da Faixa, agora rebatizada Siga Antenado, prevê começar o cadastramento de quem vai receber uma nova antena parabólica a partir de 20 de junho próximo, em uma capital a ser escolhida. 

“O prazo de agosto, mesmo com a decisão do GAISPI de prorrogar por mais 60 dias, é um grande desafio. Cada capital tem sua nuance, uma logística própria e estamos trabalhando em um cronograma que vamos levar ao grupo na próxima reunião, em 15 de junho”, diz o presidente da EAF/Siga Antenado, Leandro Guerra. 

GAISPI é o grupo que reúne Anatel, governo, operadoras e emissoras de TV e funciona como conselho administrativo da EAF, por sua vez o braço operacional das ações que precisam ser tomadas para que o 5G venha a funcionar no país. A primeira missão da Siga Antenado é garantir que não haverá interferência dos celulares nos sinais de televisão. E isso exige a troca de antenas parabólicas em residências, além da instalação de filtros em equipamentos profissionais de transmissão. 

“Hoje temos o desafio adicional da escassez de semicondutores e equipamentos, que afeta várias indústrias, como é o caso do setor automotivo. Já abrimos processos de compra com fornecedores na China e na Coreia, para equipamentos que virão de avião para chegarem ao Brasil à tempo. E estamos no processo de escolha dos parceiros para instalação”, explica o presidente da EAF. 

Leandro Guerra diz que a ordem da liberação da faixa de 3,5 GHz das capitais, inclusive qual será a primeira atendida, depende de decisão do GAISPI. A ideia é que nessa primeira, os agendamentos para substituição de antenas parabólicas comece ainda este mês.


“Pelo menos uma capital, a primeira capital, que ainda não posso dizer qual é, podemos fazer agendamentos a partir de 20 de junho. Vamos ter uma comunicação nas cidades, para esclarecer sobre o projeto, e vamos informar os canais de atendimento, um 0800, ou pelo site. Uma diferença do que foi feito no 4G é que vamos precisar instalar e não apenas entregar os kits”, diz o executivo.

Guerra deixou a diretoria de assuntos institucionais da TIM para assumir a EAF/Siga Antenado, onde está há três meses à frente da missão de garantir que a faixa de 3,5 GHz poderá ser usada pelas teles para oferecer 5G. A mencionada escassez de equipamentos obrigou o adiamento do cronograma inicial do fim de junho, quando a faixa já deveria estar disponível nas capitais, para o fim de agosto – o que significa que a oferta comercial do 5G só começa no fim de setembro. 

Nas capitais, isso exige a instalação de 1,5 mil filtros em transmissores profissionais de TV, que precisam estar prontos até o fim de agosto para que seja cumprido o calendário das capitais. Além disso, também devem ser instaladas cerca de 250 mil novas antenas parabólicas nas residências de famílias inscritas no Cadastro Único dos programas sociais do governo federal. 

“Nossa premissa é proteger todas as 1,5 mil estações dentro desse prazo. Não quer dizer que não tem nenhum risco, mas estamos confiantes nos prazos que os fornecedores deram e as quantidades nessa primeira etapa. Na TVRO, a obrigação é começar o processo antes da virada, da desocupação da faixa, mas não existe um percentual pré-definido. Nosso SLA prevê atender interferências em cinco dias úteis”, diz Guerra. 

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