Em seis meses, telefonia móvel perdeu quase 2 milhões de chips
Na primeira metade de 2017, as operadoras de telefônica móvel perderam mais 1,95 milhão de acessos, em uma sangria que parece estancar, ao menos para a maioria das operadoras, ainda que o quadro geral continue negativo na soma das adições líquidas.
Segundo a Anatel, em 30 de junho deste ano eram 242,1 milhões de chips ativos, o que significa um ajuste forte desde que a perda de clientes se tornou regra, a partir de meados de 2015. Em maio daquele ano, o setor chegou a contar com 284,1 milhões de acessos em serviço. Um tombo, portanto, de 42 milhões de chips, ou 14,7% do mercado.
Essa erosão foi concentrada nas quatro principais operadoras do país – que também estabeleceram a disputa pelo chip único -ainda que com algumas diferenças. Os dados de junho implicam que apenas a Tim segue perdendo clientes. No mês, foram menos 206,1 mil acessos, número superior à soma de adições líquidas de Vivo, Claro e Oi (182 mil) no mesmo período.
Todas elas estão hoje menores do que em 2015. A Tim viu sumirem 14,9 milhões de acessos ativos (-19,7%) desde lá. A Oi perdeu 8,6 milhões (-17%), a Claro 11,6 milhões (-16,2%) e a Vivo 8,7 milhões (-10,5%). Juntas viram desaparecer 44 milhões de chips, número parcialmente compensado pelas demais, especialmente as MVNOs Porto Seguro e Datora.
Nos últimos 12 meses, foram essas as empresas com melhor desempenho. A Porto Seguro ampliou os acessos ativos em 150,3 mil linhas (alta de 40,9%), enquanto a Datora cresceu 82,8 mil linhas (alta de 126,6%). Entre as grandes, só a Vivo tem adições líquidas positivas no mesmo período (1 milhão de linhas, alta de 1,4%). Claro, Tim e Oi tiveram reduções de 3.991.992 (-6,21%), de 3.156.938 (-4,93%) e de 5.521.586 linhas (-11,61%).