Equipamentos Wi-Fi 6 estão fora do portfólio das teles nacionais
O novo padrão de redes sem fio, o 802.11ax do IEEE, que ficou conhecido como Wi-Fi 6, vai conviver com as redes de quinta geração (5G). Durante conversa com a imprensa no Cisco Connect Brasil, realizado nesta quinta-feira (03/10) em São Paulo, executivos da fabricante de redes defenderam a complementariedades de Wi-Fi 6 e 5G, principalmente, para criar e fomentar novos modelo de negócios.
“Nossa visão é de que ambas as tecnologia vão conviver e se complementar, com Wi-Fi 6 para uso indoor, quando se estiver parado, dentro de algum lugar, e 5G para quando se estiver em movimento”, disse Malko Saez, da área de redes corporativas da Cisco Brasil.
Saez salientou que a digitalização impõe novas prioridades, tais como mobilidade, internet das coisas, computação em nuvem e segurança, e que esta nova realidade aumenta a complexidade das redes e exige que a segurança seja tratada de forma holística, desde usuário até a aplicação. “Atualmente, 95% das configurações de rede são feitas manualmente, o que acaba gerando erros humanos e impactando os negócio; 70% violações de políticas ocorrem devido a erros humanos e 75% orçamento de TI utilizado para operar e gerenciar a rede”, apontou.
O especialista explicou que Wi-Fi 6 atende aos novos padrões de mercado, entregando uma velocidade de transmissão quatro vezes mais rápida em relação ao padrão atual e com menor latência, maior densidade e menor consumo de energia. “Na ótica de IoT, com milhares de dispositivos conectados ao mesmo, isto faz diferença”, disse
Para Marco Sena, diretor de redes corporativas da Cisco América Latina, o Wi-Fi é um elemento da rede pelo qual se consegue definir as políticas de segurança dentro das redes dos clientes. A Cisco, acrescentou o especialista, já tem clientes no Brasil usando Wi-Fi 6. Os usuários são empresas de médio e grande portes que estão passando pela atualização da infraestrutura de Wi-Fi.
As operadoras de telecomunicações ainda não compraram os produtos Wi-Fi 6, mas a expectativa é que incorporem a nova versão nos planos de atualização de infraestrutura. Com relação a custo, ele explicou que os dispositivos Wi-Fi 6 chegam ao mercado cerca de 15% mais caro em relação aos equipamentos da versão anterior.