Era 5G exige responsabilidade e ética digital
A Era 5G exige responsabilidade e ética digital. Esse é um dos motes da Declaração Digital, apresentada pela GSMA, nesta quinta-feira, 24/01, no Fórum Econômico Mundial, em Davos. O documento, assinado por empresas como Bharti Airtel, China Mobile, China Telecom, Deutsche Telekom, Ericsson, IBM, KDDI, KT, LG Electronics, Mobile World Capital Barcelona, Nokia, NTT DOCOMO, Orange, Samsung Electronics, Sharp, SK Telecom, Sony Corporation, STC Group, Telefónica, Turkcell, Verizon, Vodafone e Xiaomi, sustenta que as correntes sociais, tecnológicas, políticas e econômicas estão se combinando para introduzir disrupção em todas as indústrias.
A declaração argumenta que o mundo passa por mudanças significativas que afetam empresas e consumidores no mundo digital. Espera-se que, até 2022, 60% do PIB seja digitalizado e a iminente chegada das redes 5G irá acelerar ainda mais essa mudança. Ao mesmo tempo, os clientes possuem cada vez mais expectativas dos serviços digitais, enquanto sua confiança nas empresas está sendo testada.
No comunicado oficial, a GSMA explica que a Declaração Digital é um movimento composto por gerentes gerais que enfrentam desafios cruciais. Seus princípios exigem:
1) que as empresas respeitem a privacidade de cidadãos digitais;
2) manejem os dados pessoais com segurança e transparência;
3) tomem medidas significativas para mitigar ameaças cibernéticas; e
4) assegurem que todos possam participar da economia digital em desenvolvimento, à medida em que se combate o assédio online. Tomados em conjunto, esses compromissos irão garantir que a internet seja mantida como uma plataforma aberta para expressão e um motor de inovação.
“Uma nova forma de liderança responsável é necessária para navegar com sucesso nesta era. Estamos prestes a entrar na era 5G, que irá despertar novas possibilidades para clientes e promessas de transformar os modelos de praticamente todos os negócios. Diante dessa disrupção, aqueles que adotarem os princípios da Declaração Digital irão se dedicar ao sucesso nos negócios de modo que busquem um melhor futuro para seus clientes e sociedades. Aqueles que resistirem às mudanças podem esperar uma desconfiança cada vez maior de acionistas, reguladores e clientes”, afirmou Mats Granryd, Diretor Geral da GSMA.
O presidente da Bharti Airtel, Sunil Bharti Mittal, afirma que para um futuro digital positivo e propício é essencial se ter uma sociedade realmente inclusiva e capacitada. “Esse futuro só pode ser construído mediante a colaboração e diálogo permanente entre as partes interessadas. É imperativo que a indústria realize os investimentos necessários para construir um ecossistema digital sustentável e mantenha a confiança dos cidadãos por meio de uma conduta transparente e responsável com respeito à privacidade e aos dados”, atestou o executivo.
“O apoio à Declaração Digital está alinhado à nossa visão de tornar realidade uma sociedade progressista, livre e informada”, disse Stéphane Richard, presidente e CEO da Orange, e Chair da GSMA. “Um futuro digital sustentável só pode ser construído com base em valores claros e políticas adequadas ao século XXI”, acrescentou Julio Linares López, vice-presidente da Telefónica. A tecnologia móvel é uma das mais proliferadas da história, tendo alcançado mais de 5 bilhões de assinantes exclusivos em todo o mundo, o que representa cerca de dois terços da população mundial. Estima-se que esse número crescerá para quase 6 bilhões (71 por cento) até 2025.
*Com informações da GSMA