Ericsson: Governos estão limitando e colocando o 5G em risco
O CEO da Ericsson, Borje Ekholm, se mostrou bastante preocupado com uma possível fragmentação da indústria 5G, a partir de banimentos de fornecedores, numa clara referência aos fabricantes chineses. “Acreditamos que os países precisam combinar a consideração da segurança nacional com a abertura do comércio”, disse. Já para as teles, o recado foi: Não esperem uma aplicação matadora para fazer seus ecossistemas.
O 5G pode vir a ser muito prejudicado com as disputas geopolíticas, advertiu o CEO da Ericsson, Borje Eckholm. Segundo ele, disputas governamentais não podem prejudicar a inovação e limitar as aplicações do 5G. “Acreditamos que os países precisam combinar a consideração da segurança nacional com … abertura para o comércio. Não podemos correr o risco de fragmentar uma indústria”, pontuou o executivo, ao participar do Ericsson Unboxed 2020.
Eckholm observou que as proibições a fornecedores – numa clara referência à Huawei e a outros fornecedores chineses – começam a fragmentar o mercado, que baseia as suas aplicações em padrão global aberto com ‘mais de 8 bilhões de conexões interoperáveis’. O CEO da Ericsson insistiu no recado: “Eu realmente espero que tenhamos uma internet fragmentada por questões geopolíticas”.
Já para as teles, Eckholm disse que o momento não é de esperar por ‘aplicações matadoras’, mas, sim, o de criar ecossistemas de usos de caso de 5G para massificar a infraestrutura. A Ericsson soma 117 contratos 5G comerciais, cobrindo 79 redes em todo o mundo.