Telecom

Ericsson: receita com 5G aumentará com a cobrança por velocidade

O novo Relatório de Mobilidade da Ericsson sustenta que nos 20 principais mercados 5G, as operadoras tiveram um aumento significativo no desempenho de suas redes graças à introdução da nova onda tecnológica. Afirma, ainda que à medida que a penetração do 5G aumenta, há um aumento no crescimento da receita de serviços sem fio.

“A ligação entre a adoção do 5G e o crescimento da receita nos 20 principais mercados 5G destaca que o 5G não é apenas um divisor de águas, mas que os pioneiros se beneficiam”, disse Fredrik Jejdling, EVP da Ericsson e chefe de redes.

O relatório da Ericsson destaca que as operadoras móveis que precificam seus serviços 5G em níveis de velocidade são capazes de monetizar o aumento do 5G no desempenho da rede melhor do que aquelas que oferecem planos de dados ilimitados para 5G.

O documento considera somente aqueles países onde o 5G já atinge pelo menos 15% do mercado móvel – o Brasil ainda não está lá. No caso, Austrália, Bahrein, China, Dinamarca, Finlândia, Hong Kong, Irlanda, Japão, Kuwait, Mônaco, Noruega, Catar, Arábia Saudita, Cingapura, Coreia do Sul, Suíça, Taiwan, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos.

Nesses países, a taxa de transferência média de downlink aumentou 4,3 vezes nos últimos cinco anos, o que é 32% a mais do que em outros mercados. Além disso, o relatório afirma que a receita média de serviços sem fio nos 20 principais mercados 5G aumentou 3,2% ao ano nos últimos dois anos. Isso ocorre após um período de receita estável ou mesmo em declínio em muitos desses países.


A Ericsson considera que o modelo de planos ilimitados considerados top-tier não oferece muita diferenciação e defende que as operadoras precisam combiná-lo com outros elementos, ou vantagens, para vender aos clientes planos com preços mais altos.

O relatório observa, no entanto, que afastar-se do preço ilimitado agora pode ser um desafio e que algumas operadoras estão considerando o retorno de contratos de longo prazo para estabilizar o mercado, principalmente à medida que os aumentos de preços se tornam mais comuns.

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