Ericsson teme perder mercado na China pelo banimento da Huawei e da ZTE na Suécia
A Ericsson teme o risco de ver sua participação de mercado encolher na China diante das restrições aplicadas pelo governo da Suécia, onde é sediada, para fornecedores Huawei e ZTE no 5G.
Em apresentação para investidores, a Ericsson reiterou as preocupações levantadas em seu relatório financeiro do quarto trimestre de 2020, que declarou que a decisão do regulador sueco Post and Telecommunication Authority (PTS) de excluir produtos de fornecedores chineses das redes domésticas pode impactar adversamente os interesses econômicos do país e de seus setores, incluindo aqueles da Ericsson.
A Ericsson observou que estar sediada na Suécia significava que a decisão da PTS teria relevância especial e havia o risco de a China retaliar.
“Embora a Ericsson seja convidada para vários processos de licitação em andamento na China, o resultado final permanece incerto e a avaliação atual da empresa é de que aumentou o risco de que a Ericsson nessas licitações receba uma participação de mercado significativamente menor do que sua participação de mercado atual”, disse o fornecedor explicou.
A Ericsson continuou a afirmar que a situação geopolítica pode ter consequências em toda a indústria, com “maior probabilidade” de novas divisões e separação das cadeias de valor globais e dos padrões globais para telecomunicações móveis.
Uma postura mais dura dos governos em relação a certos fornecedores também levou “vários países” a procurarem como garantir o acesso ininterrupto da infraestrutura de rede, por exemplo, promovendo a desagregação do RAN, além de apoiar empresas nacionais como alternativas aos fornecedores globais, todos que “pode ter um impacto adverso significativo e duradouro em nossos negócios”, acrescentou a Ericsson.
* Do MWL