Telecom
Estatal italiana aprova oferta pela rede da Telecom Italia
O investidor estatal italiano CDP disse no domingo, 5/3, que seu conselho aprovou uma oferta não vinculativa para a rede fixa do grupo de telefonia Telecom Italia, acrescentando que seria válido até 31 de março.
O CDP se associou ao fundo australiano Macquarie para licitar a infraestrutura de telecomunicações mais importante da Itália, para a qual a empresa de investimentos norte-americana KKR já fez uma oferta.
Nas últimas semanas, fontes disseram à Reuters que o CDP e o Macquarie estavam prontos para avaliar a rede da TIM em cerca de 18 bilhões de euros (US$ 19 bilhões), incluindo cerca de 6 bilhões de euros em dívidas.
A oferta conjunta incluiria também a rival menor da Telecom Italia, Open Fiber, da qual CDP e Macquarie são co-investidores, de acordo com as mesmas fontes.
A proposta da KKR, que avalia a rede da TIM em cerca de 20 bilhões de euros, incluindo dívidas e 2 bilhões de euros de ganhos, deu um novo impulso aos esforços para renovar a TIM após prolongadas negociações envolvendo o governo e os dois principais acionistas da TIM, CDP e a francesa Vivendi, não deu resultados.
Ceder o controle da rede para cortar uma pilha de dívidas de 25 bilhões de euros e liberar metade dos 40.000 funcionários domésticos da TIM é um ponto-chave do esforço do CEO Pietro Labriola para reviver o grupo.
A primeira-ministra Giorgia Meloni disse repetidamente que seu governo quer obter o controle da infraestrutura de rede da TIM e, ao mesmo tempo, proteger os empregos, mas dentro de seu governo não há um consenso sobre como alcançar tal objetivo.
Uma oferta do CDP e do Macquarie deixa vários cenários em aberto, disseram dois funcionários do governo, sem dar mais detalhes.
A Vivendi, cujo apoio é necessário para qualquer negócio, estabeleceu um preço de 31 bilhões de euros no ativo mais valioso da TIM.
A TIM já disse que a proposta da KKR “não reflete totalmente” o valor de seu ativo e disse que buscaria uma oferta melhorada até o final deste mês.
Em sua oferta não vinculativa pelo controle acionário da rede da TIM, a KKR deixou a porta aberta para envolver uma entidade estatal como acionista minoritário, mas se opõe ao papel do CDP devido a questões antitruste, disseram as fontes.
Os predecessores de Meloni, Mario Draghi e Giuseppe Conte, apoiaram planos para combinar as redes da TIM e da Open Fiber, mas avaliações e problemas de regulamentação frustraram os esforços.
* Com informações da Reuters