EUA caçam 1.500 MHz de espectro para novas aplicações
O governo dos Estados Unidos lançou um programa para identificar espectro significativo que possa ser reaproveitado para as tecnologia mais novas como forma de atender a crescente demanda por conexões sem fio.
A Administração Nacional de Telecomunicações e Informações do Departamento de Comércio (NTIA) está desenvolvendo uma Estratégia Nacional de Espectro com o objetivo de identificar pelo menos 1.500 megahertz de espectro para estudar para possíveis novos usos.
“Atualmente, o espectro desempenha um papel central na vida americana de uma forma que nunca teve antes, desde telefones celulares até segurança da aviação e previsão do tempo”, disse o administrador da NTIA, Alan Davidson, em entrevista à agência Reuters. Ele disse que a meta de 1.500 megahertz ao longo de uma década é alcançável, mas difícil.
A secretária de Comércio, Gina Raimondo, disse que a NTIA, que administra o espectro dos EUA em conjunto com a Federal Communication Commission (FCC), está buscando informações do público para identificar “novas bandas de espectro para reaproveitamento potencial que estimularão a concorrência e a inovação nos próximos anos”.
A estratégia atenderá às necessidades atuais e futuras de espectro, incluindo banda larga sem fio fixa e móvel, comunicações via satélite de próxima geração e outros sistemas baseados no espaço; transporte avançado; e aplicações industriais e comerciais.
Ele também abordará dispositivos médicos sem fio e telemedicina, a Internet das Coisas e cidades inteligentes e os principais usos do governo, incluindo defesa nacional, espaço aéreo nacional, infraestrutura crítica e monitoramento e previsão do clima, disse Davidson.
Na semana passada, o Congresso dos EUA permitiu que a autoridade da FCC para leiloar o espectro sem fio expirasse pela primeira vez em três décadas, levando alguns legisladores a restaurar rapidamente a autoridade que arrecadou mais de US$ 200 bilhões em receitas para o governo dos EUA.
A presidente da FCC, Jessica Rosenworcel, disse que os Estados Unidos precisam de um “plano de todo o governo para gerenciar” o espectro, bem como “ações de curto prazo para restaurar a autoridade do leilão”.