Telecom

Fake News sobre 5G gera clima tenso nos Estados Unidos

A Ericsson suspendeu, por dois dias, o trabalho nas antenas norte-americanas para proteger a sua equipe, diante da ameaça de ataques por conta da massificação de fake news sobre o 5G provocar a Covid-19. Outros fornecedores também estão em alerta e houve avisos que manifestações poderiam  acontecer neste final de semana em várias localidades dos Estados Unidos. Notícias falsas sobre o 5G, saúde e Covid-19 também foram disseminadas no Reino Unido, na Austrália, Canadá e Nova Zelândia.

Não é a primeira vez que surgem boatos sobre o impacto do 5G na saúde. No ano passado, a onda de desinformação sobre os efeitos das frequências eletromagnéticas usadas pelos celulares e pelas antenas que viabilizam o sinal móvel mobilizou a área da Saúde no Reino Unido. Em artigo publicado no tradicional jornal inglês The Guardian, em julho do ano passado, David Robert Grimes, médico, pesquisador sobre câncer e jornalista científico com atuação na Universidade Queens, em Belfast, na Irlanda e na Universidade de Oxford, na Inglaterra, lamentou o fato de as histórias de terror fazerem mais sucesso do que as evidências científicas.

“Muitos estudos foram realizados nas duas últimas décadas para avaliar se telefones celulares representam potencial risco à saúde. Até hoje, nenhum efeito adverso foi estabelecido como tendo sido causado pelo uso de celulares”, reforçou o médico. No Brasil, a Anatel sustenta que as operadoras de telecomunicações cumprem além do determinado pelas legislações internacionais de proteção à radiação.

Especialistas na área no País também rechaçam qualquer perigo à saúde humana. O diretor do Instituto Nacional de Telecomunicações, Carlos Nazareth Motta Marins, sustenta que não há nenhuma evidência científica de que as antenas celulares e de que os smartphones façam mal à saúde humana, uma vez que a radiação eletromagnética deles é muito baixa, com emissão de níveis na ordem de milionésimos e bilionésimos de watts. Segundo ainda o especialista, ‘a radiação eletromagnética de uma antena e de um smartphone é bilhões de vezes menor que a de um micro-ondas, largamente usado nas residências no mundo”.

O biomédico e cientista Renato Sabbatini lembra que já foram feitos diferentes estudos e nenhum teve a comprovação que antenas e smartphones façam mal à saúde. “Com o 5G que está chegando não será diferente. A emissão de radiação com o 5G, aliás, fica ainda mais reduzida. A potência das antenas celulares é muito baixa para aumentar a temperatura corpórea de pessoas ou animais”, reforçou o especialista, em entrevista à Agência Telebrasil.


*Com informações do Mobile World Live

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