Telecom

Governo pede atenção redobrada para cabos submarinos, fibras ópticas e data centers

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, alertou órgãos de telecomunicações do país para que redobrem a atenção e se previnam contra eventuais ataques cibernéticos após os atos golpistas realizados em Brasília. Em um ofício, revelado por reportagem do jornal O GLOBO, ele cita como focos de maior preocupação os pontos de ancoragem cabos óticos, por onde passam gigantescas quantidades de dados, e data centers, locais que abrigam grandes sistemas de computadores.

O comunicado foi endereçado à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a quem cabe regulamentar o setor no país, além de duas entidades privadas: o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel, Celular e Pessoal, assim como o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), uma das responsáveis por resguardar a infraestrutura de internet no Brasil.

“Além do vandalismo físico de infraestruturas, é necessário prevenir e mitigar riscos à segurança cibernética, à defesa cibernética, à segurança da informação sigilosa e à proteção contra vazamento de dados, para que o setor público, o setor produtivo e a sociedade possam usufruir de um espaço cibernético resiliente, confiável, inclusivo e seguro”, afirmou.

Juscelino Filho citou algumas estruturas que devem merecer especial atenção, como os cabos ópticos submarinos em Fortaleza, Santos e Rio, assim como outros canais de tráfego de dados e data centers. O ofício faz referência aos “tristes e preocupantes acontecimentos” do dia 8, data em que os golpistas depredaram o Congresso, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o ministro, após as invasões aos prédios dos Três Poderes da República, a infraestrutura de telecomunicações torna-se um “alvo natural para aqueles que buscam semear a desordem”. Na última semana, o governo tem relatado possíveis atos de vandalismo contra torres de transmissão de energia. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, foram quatro estruturas derrubadas e outras 12 danificadas. Embora a investigação ainda não esteja concluída, os órgãos do setor suspeitam de vandalismo.


A Anatel já tinha mobilizado o Grupo Técnico de Segurança Cibernética e Gestão de Riscos de Infraestrutura Crítica, depois dos atos golpistas de 08 de janeiro.  “O GT sempre é acionado em questões de crise. Esse grupo se reuniu, por exemplo, em eventos como a greve dos caminhoneiros. Há risco, o grupo fica atento e monitora informações de govenrno e das teles para acionar ações de prevenção à crise”, contou ao Convergência Digital, Gustavo Borges.

Botão Voltar ao topo