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GSMA: 5G deve ser ampliado para espectro abaixo de 1 GHz

O desdobramento de serviços 5G na América Latina exigirá a inclusão das chamadas bandas baixas, abaixo de 1 GHz. Essa porção do espectro radioelétrico permitirá, devido à sua capilaridade, potencializar a implementação de diversas tecnologias associadas (como Big Data, Internet das Coisas e Inteligência Artificial) para uso em áreas rurais, como explica o estudo publicado hoje pela 5G Americas “Estado das bandas de espectro radioelétrico sub-1 GHz na América Latina“, que analisa a situação das bandas de espectro desse tipo em 18 países da região, identificadas para as telecomunicações móveis internacionais (IMT, na sigla em inglês).

O relatório destaca que a faixa de 700 MHz já está ativa na maioria dos mercados da região, com exceção de Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, República Dominicana e Venezuela. Enquanto isso, a faixa de 600 MHz apresenta grandes oportunidades para o desenvolvimento de serviços 5G, porém apenas 10 países já a atribuíram ao serviço móvel e só o México planeja licenciá-la a curto prazo (2022-2023).

“As faixas de 600 MHz e 700 MHz são consideradas pelas administrações nacionais como recursos radioelétricos adequados para o desenvolvimento da 5G, no entanto, não são as únicas faixas do espectro sub-1 GHz que podem contribuir para a expansão dos serviços sem fio. A atribuição das faixas de 800 MHz e 900 MHz levou a introdução de serviços de telecomunicações móveis e serviços troncalizados na América Latina e Caribe por quase três décadas”, defende a GSMA. 

Nesta edição do relatório, também foram destacadas as oportunidades que essas bandas representam para o desenvolvimento de serviços 5G em diferentes mercados verticais. “Entre eles, destacam-se a agricultura e as iniciativas de governo eletrônico. Deve-se considerar que essas bandas possuem altas propriedades de propagação, o que as torna atraentes para fornecer cobertura de rede móvel em áreas suburbanas ou rurais, por exigirem infraestrutura relativamente menor do que redes implantadas exclusivamente em bandas de frequência mais altas (acima de 1 GHz)”, explicou José Otero, vice-presidente para a América Latina e o Caribe da 5G Americas.


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