Guerra pela Oi Móvel. Claro, TIM e Vivo sobem proposta para R$ 16,5 bilhões
Já era esperado. Surgiu o contragolpe do consórcio das teles – Claro, TIM e Vivo – pela compra dos ativos da Oi Móvel. Em fatos relevantes divulgados no final da noite desta segunda-feira, 27/07, Vivo e TIM revelam uma proposta de R$ 16,5 bilhões – acima do divulgado pela Oi para a proposta da Highline do Brasil.
E para ‘ganhar a empatia’, o consórcio das teles endossam um discurso de ‘solidez financeira’, ‘compromisso pelo Brasil’ e vantagens para os acionistas da Oi’ como reação à exclusividade dada pela Oi à Highline do Brasil. Essa ‘exclusividade’ vai até o dia 03 de agosto, mas pode ser prorrogada, se for interesse das duas companhias.
Também como opção à Oi – agora de forma mais objetiva – o consórcio das teles oferece ‘a possibilidade de assinar com o Grupo Oi, contratos de longog prazo para uso de infraestrutura’, o que significa dar o opção ao modelo da InfraCo, proposta no aditamento de recuperação judicial no dia 16 de junho. As propostas à mesa precisam passar pela Assembleia de credores da Oi, ainda a ser marcada.
O Convergência Digital publica a íntegra do fato relevante da Telefônica/Vivo:
A Telefônica Brasil S.A. (“Companhia”), na forma e para os fins da Instrução CVM nº 358/2002 (“ICVM 358”), conforme alterada, em continuidade aos Fatos Relevantes divulgados em 10 de março de 2020 e em 18 de julho de 2020, informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que, em Reunião realizada na presente data, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a prorrogação e revisão da oferta vinculante para aquisição do negócio móvel do Grupo Oi, em conjunto com a TIM S.A. (“TIM”) e Claro S.A. (“Claro”), todas conjuntamente “Ofertantes” e a apresentação de nova proposta, no valor de R$ 16.500.000.000,00. Tal proposta conjunta, considera, adicionalmente, a possibilidade de assinar com o Grupo Oi, contratos de longo prazo para uso de infraestrutura.
A oferta vinculante revisada foi submetida pelas partes acima indicadas, sendo sujeita a determinadas condições, especialmente a seleção das ofertantes como “stalking horse” (“primeiro proponente”), com o direito de oferecer valor maior do que eventual proposta apresentada por terceiro (“right to top”) no processo competitivo de venda do negócio móvel do Grupo Oi.
A revisão da oferta vinculante reafirma o interesse da Companhia em relação à aquisição dos ativos móveis do Grupo Oi, bem como em contribuir com a continuidade do desenvolvimento da telefonia móvel no país, considerando a larga experiência global que possui no setor de telecomunicações e o profundo conhecimento do mercado brasileiro.
Como operadora de reconhecida solidez financeira, e com presença e histórico de intensos investimentos de longo prazo no Brasil, a Companhia está certa de que a oferta conjunta das Ofertantes, caso aceita e caso seja vencedora, trará benefícios a seus acionistas através da aceleração de crescimento e geração de eficiências, a clientes através de melhoria na experiência de uso e qualidade do serviço prestado, e ao setor como um todo através de reforço em sua capacidade de investimento, inovação tecnológica e competitividade e, nesse sentido, favorece e está em linha com a regulação que visa construir e consolidar no País um serviço de telefonia móvel forte e eficiente.
A Companhia considera que a oferta também endereça as necessidades financeiras do Grupo Oi, de amplo conhecimento do mercado em geral, para que este possa implementar seu plano estratégico e atender seus credores, nos termos do Plano de Recuperação Judicial.
A Companhia manterá seus acionistas e o mercado geral devidamente informados do andamento do processo em relação à nova oferta apresentada, nos termos da ICVM 358 e da legislação aplicável.
São Paulo, 27 de julho de 2020.
David Melcon Sanchez-Friera
CFO e Diretor de Relações com Investidores
Telefônica Brasil – Relações com Investidores
Tel: +55 11 3430-3687 Email: [email protected] www.telefonica.com.br/ri