Telecom

Huawei: Espectro vai migrar para 5.5G multibanda

Maior fornecedora de equipamentos de telefonia móvel na América Latina, com uma fatia de 50% do mercado, a Huawei apresentou um panorama da evolução do 5G na região, ressaltando que, na prática, apenas o Brasil e o Chile já contam com o serviço efetivamente em operação comercial. 

Em conversa com jornalistas de diversos países latinos, representantes da empresa reforçaram a expectativa de que os casos de uso inovadores virão das aplicações industriais do 5G. Mas também defenderam um ciclo de refarming de frequências que concentre o espectro na nova geração tecnológica.  

“Queremos fazer com que funcione como uma única rede. Nos esforçamos para otimizar a rede de forma que possamos oferecer multibandas funcionando de forma integrada. Todas as bandas para o 5G, funcionando como uma única banda. Queremos unificar soluções de forma a oferecer uma melhor cobertura, que não seja fragmentada, mas eficiência ampla em todo o espectro”, disse o diretor de estratégia da Huawei para América Latina, Joaquin Saldaña. 

O representante da Huawei pelo Brasil no debate, também diretor de cibersegurança da fabricante chinesa, Marcelo Motta, explica que essa convergência acontecerá gradualmente e tende a chegar no médio prazo, a tempo do que já considera como 5.5G. 

“Naturalmente, o avanço da cobertura 5G, do seu ecossistema e da diversidade de planos das operadoras, mais e mais usuários serão atraídos e terão acesso aos terminais e redes 5G. Esse processo vai levar alguns anos e certamente as operadoras vão investir no realocação de seus recursos espectrais, para garantir aos usuários uma experiência cada vez melhor e, também, para usufruirem dos ganhos supramencionados da 5G”, disse o executivo. 


Ele lembrou que cada operadora, no entanto, possui frequências e largura de banda distintas. “Faz parte da competição de mercado e da estratégia de cada telco definir tal caminho de evolução, como função desses recursos espectrais e da distribuição ou acesso de seus clientes às redes de 3ª, 4ª e 5ª gerações. De maneira geral, portanto, a auto-regulação aqui tem se mostrado eficiente.”

Marcelo Motta destacou que a tecnologia 5G possui maior eficiência espectral, ou seja, na quantidade de bits por Hertz, e energética em comparação com as tecnologias predecessoras. “O consumo de energia por bit na 5G é de apenas 10% do mesmo consumo na 4G”, destacou. 

“A evolução em direção ao mundo totalmente digital e conectado é uma longa jornada e mais e mais espectro será demandado como infraestrutura básica e como fator fundamental da competitividade das nações. Isso representa, portanto, uma oportunidade para mais e mais espectro a ser alocado e leiloado para a tecnologia 5.5G e tecnologias móveis de 6ª geração”, completou Motta. 

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