Huawei: Preços dos smartphones estão muito altos e travam expansão do 5G

Ao participar do Painel Telebrasil Summit 2025 nesta terça-feira (2), o CMO da Huawei no Brasil, Carlos Roseiro, afirmou que a evolução do Brasil no 5G é um progresso considerável, uma vez que a tecnologia foi lançada aqui há apenas três anos.

“A experiência do cliente aumentou e o ARPU cresceu 25% entre o segundo semestre de 2022 e o segundo semestre de 2025”, acrescentou. No mundo, quase 35% de todo o tráfego de dados já roda em redes 5G e mais de 52% das operadoras têm FWA (banda larga fixa móvel 4G/5G) nos seus portfólios.

De acordo com o CMO da Huawei, há três ondas de uso do 5G: inicial, aceleração e maturidade. Para Roseiro, o Brasil está, hoje, na aceleração – com 30% – mas muito próximo de passar para a maturidade. “Aqui já será possível ver a vantagem de ter o 5G Advanced (com velocidades de gigabits) e oferecer serviços diferenciados ao cidadão”, observou.

O ponto crítico é que a cobertura do 5G está desigual. Nas cidades com menos de 30 mil habitantes, o percentual de penetração é de menos de 2%. A Huawei, inclusive, se propõe a sentar com operadoras e autoridades governamentais para encontrar soluções capazes de fechar esses gaps e acelerar o fim da exclusão digital, afirmou o executivo.

Se do lado das redes houve avanço, a Huawei mostra sinais de preocupação com os smartphones 5G. Segundo Roseiro, a queda média dos preços dos aparelhos parou e o custo segue muito elevado. “O crescimento do 5G está mais lento que o do 4G porque a queda dos preços está abaixo do esperado”, advertiu.

O próximo passo do 5G é o 5G Advanced e para a Huawei a faixa de 6 GHz – que está prevista para ser leiloada pela Anatel em 2026 – não é necessária para começar a adequação à nova tecnologia. “Mas ela será necessária para a massificação”, completou o executivo.

Com Conexis Brasil