Telecom

IBGE: Streaming desbanca TV por assinatura e chega a 43,4% das casas

O novo recorte da PNAD Contínua divulgado nesta quinta, 9/11, pelo IBGE, mostra que os serviços de vídeo sob demanda pela internet já desbancaram a TV por assinatura no Brasil. 

Entre os 71,5 milhões de domicílios com televisão no país, 43,4% (ou 31,1 milhões) utilizavam algum serviço pago de streaming de vídeo. Entre os domicílios com esse serviço, 95,3% também acessavam canais de televisão, sendo 93,1% na TV aberta e 41,5% com TV por assinatura.

A mesma pesquisa mostra que em 2022, 27,7% dos domicílios com televisor tinham acesso a TV por assinatura, sendo 28,8% em área urbana e 19,8% em área rural. Nas áreas urbanas, houve uma queda de 0,4 p.p. na proporção de domicílios com esse serviço (de 29,2% para 28,8%), enquanto nas rurais houve alta de 2,0 p.p. (de 17,8% para 19,8%).

A Região Sudeste (34,3%) tem o maior percentual de domicílios com TV por assinatura e a Nordeste, o menor (17,1%). “A proporção de domicílios com TV por assinatura em áreas urbanas recuou de 37,2% em 2016 para 28,8% em 2022. Já em área rural, essa proporção cresceu de 11,9% em 2016 para 19,8% em 2022”, aponta o IBGE.

Em 2022, entre os domicílios sem TV por assinatura, 35,3% não adquiriam esse serviço por considerá-lo caro e 53,7% não tinham interesse. Cerca de 9,2% não tinham o serviço de TV por assinatura porque acessavam vídeos (inclusive de programas, filmes ou séries) pela Internet, enquanto 1,1% não dispunham do serviço na localidade em que residiam.


Já o percentual domicílios do país com serviço de rede móvel celular funcionando para Internet ou telefonia passou de 86,2% em 2016 para 92,0% em 2022. Na área urbana, essa proporção passou de 89,7% para 95,2%, no mesmo período, e na área rural, de 63,7% para 69,4%. “Desde 2018, a telefonia móvel expandiu pouco na área rural, apresentando uma pequena queda entre 2021 e 2022”, diz Leonardo Quesada, analista da pesquisa.

A proporção de domicílios com telefone fixo no país foi de 12,3%, queda de 3,3 p.p. em relação a 2021 (15,6%). Já a taxa de domicílios com telefone móvel celular (96,6%) aumentou frente a 2021 (96,3%). “Em 2022, não havia telefone em apenas 2,8% dos domicílios (2,1 milhões), redução de 0,2 p.p. em relação a 2021” destaca o analista.

Em 2022, entre os 68,9 milhões de domicílios com Internet, 14,3% (ou 9,9 milhões) tinham algum tipo de dispositivo inteligente que poderia ser acessado pela Internet, como câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado, geladeiras etc. No setor rural, o percentual foi 6,1% e no urbano, 15,3%. Entre as regiões, o menor percentual foi da Nordeste (9,9%) e o maior, da Sul (18,2%).

Cerca de 56,5% dos domicílios do país (ou 42,6 milhões) tinham rádio em 2022. O maior percentual foi da Região Sul (64,8%), enquanto na Norte e na Centro-Oeste, menos da metade dos domicílios (46,8% e 47,5% respectivamente) tinham rádio. O percentual de domicílios com esse equipamento no setor rural (58,2%) era ligeiramente superior ao do urbano (56,3%).

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