Inteligência artificial muda tudo, mas exige muita rede e consumo de energia
"O ChatGPT é uma criança, mas conseguiu em um mês o que a Internet levou sete anos para conquistar, é uma força. Mas IA exige muito das redes e da energia ", adverte o CEO da Telefónica e chairman da GSMA, José María Pallete.


A Inteligência Artificial generativa é uma revolução como o foi a telefonia móvel e a internet, mas exige muita responsabilidade por parte dos desenvolvedores e muita qualidade de rede, além de ser uma consumidora voraz de energia. “O ChatGPT é uma criança, mas alcançou 50 milhões de usuários em 30 dias. A Internet levou sete anos”, observou o CEO da Telefónica e chairman da GSMA, José María Pallete.
Na prática, sustentou ainda o executivo, a IA generativa vai demandar muito das APIs, e da própria plataforma Open Gateway, que completou um ano de lançamento, com a adesão de mais de 40 operadoras. “Atributos como velocidade, capacidade, sinalização ou localização são fundamentais. Os modelos centrados em API já são essenciais”, ressaltou.
O diretor geral da GSMA, Mats Granryd, observou que a ‘IA generativa e IA estão aqui e agora, são uma oportunidade, mas exigem responsabilidade”. Granryd reforçou que a IA pode contribuir com mais de US$ 15 trilhões à economia nos próximos 10 anos, mas há desafios.
O maior deles: IA consome muito mais energia e mexe com todas as medidas de sustentabilidade adotadas pelas operadoras. “IA é uma grande consumidora de energia, exige muito das redes e do processamento de dados, precisda de capacidade massiva e de armazenamento. Ela é uma consumidora voraz. E isso precisa ser muito debatido, pensado e discutido. A tecnologia tem de ser a favor do ser humano”, pontuou. A Inteligência Artificial é um dos temas centrais do Mobile World Congress 2024, que tem a projeção de reunir mais de 95 mil participantes.