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Leilão 5G: TIM diz que comprar banda para revender não pode estar na regra do jogo

A ótima notícia para o Brasil é que há muita frequência para ser vendida para a oferta de 5G, observou o vice-presidente de Assuntos Regulatórios e Institucionais da TIM Brasil, Mario Girasole, durante teleconferência de resultados do quarto trimestre da TIM Brasil, realizada nesta quarta-feira, 10/02. O executivo, no entanto, fez uma advertência: é preciso entender a participaçaõ dos pequenos players e o espaço dedicado a elas. O risco é a aquisição de frequência para revenda apenas.

“Quem comprar espectro só para revenda não é indústria de telecomunicações e isso tem de ser muito bem definido no edital”, salientou Girasole. Sobre as regras do jogo – a serem definidas pela Anatel após a consulta pública que já está aberta – a TIM Brasil sugere que será complexo ditar regras sem a consolidação do mercado efetiva. “Se o mercado tiver cinco players vai refletir esse número. Se forem três, a mesma coisa. É muito díficil pensar em regras sem o ajuste do setor”, acrescentou o CEO da TIM Brasil, Pietro Labriola.

O CTIO da TIM Brasil, Leonardo Capdeville, lembrou que o acordo de compartilhamento firmado com a Vivo será um caminho efetivo para simplificar a jornada para o 5G. Ele não acredita em um investimento muito robusto num primeiro momento no 5G. “O momento é diferente. No caso do 4G, o Brasil iria sediar uma Copa do Mundo, o que incentivou fazer a migração do 3G para o 4G de forma mais rápida e efetiva. O 5G chegará com muito suporte do 4G”, reforça.

Capdville reforçou que o acordo com a Vivo traz uma nova mentalidade para o compartilhamento no Brasil. Segundo ele, o País vive uma fase nova de racionalidade onde a concorrência acontecerá nos serviços e não na infraestrutura. “Compartilhar é o melhor caminho até para enfrentar os desafios das novas obrigações que vão vir na área rural, nas rodovias federais. É o mercado pensando junto para fazer de forma mais eficiente”, completou.


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