Telecom

Londrina quer vender Sercomtel por R$ 130 milhões

A Prefeitura de Londrina divulgou um novo edital para vender a Sercomtel, operadora que atua no município e tem cerca de 430 mil assinantes de telefonia e internet, mas passa por dificuldades financeiras a uma década. A primeira tentativa, em fevereiro, não teve interessados. 

“Como não houve interessados, definimos outro modelo. No primeiro, a disputa era pelo valor da capitalização. Agora, estabelecemos uma capitalização fixa, e também foi parcelado o valor”, explica o secretário municipal de Governo, Juarez Tridapalli,

Sob observação mais atenta da Anatel desde 2013, a Sercomtel tem estimados R$ 200 milhões em prejuízos acumulados e segundo o órgão regulador, precisa de algo como R$ 100 milhões em investimentos. Não por menos, o edital manteve o preço de R$ 130 milhões, sob a justificativa de aporte na reestruturação, aumento de investimentos e expansão da infraestrutura. 

A nova versão, no entanto, prevê o pagamento parcelado. Serão R$ 50 milhões no ato da subscrição das novas ações, enquanto os demais R$ 80 milhões deverão ser integralizados de acordo com a necessidade de caixa da Sercomtel de forma a serem atendidos os indicadores econômico-financeiros exigidos pela Anatel no prazo máximo de 18 meses a partir da subscrição. 

Pela mecânica do leilão, as propostas e lances serão sobre valor unitário das novas ações, com piso de R$ 0,01. A Prefeitura admite que se trata de valor simbólico, uma vez que a avaliação da Sermcomtel resultou em valor negativo, assim como estudos feitos pela Copel, a outra acionista estatal. 


Ainda de acordo com a Prefeitura de Londrina, a Copel já manifestou o interesse de fazer a venda integral das ações que possui, assim como o próprio município. Os interessados devem apresentar proposta e garantias em 10/8, junto à B3. O pregão está previsto para 18/8. 

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