Telecom

Maior fábrica de iPhones do mundo terá 30% da produção afetada por Covid-19

Trabalhadores da Apple estão deixando a maior fábrica de iPhones do mundo,em Zhengzhou, na China, para tentar escapar das medidas para contenção de um surto de Covid na planta, decretada às pressas pelo governo local. As medidas deixaram muitos dos 200 mil funcionários da gigante americana em condições de precárias.

Nesta segunda-feira 31/10, a agência Reuters noticiou que a produção de iPhones na fábrica poderá cair 30% até novembro e que a Foxconn tenta ampliar a produção na fábrica de Shenzhen para compensar. 

Pelo menos em seis municípios e cidades na província de Henan pediram aos trabalhadores que acabaram de sair da fábrica da Foxconn para entrar em contato com as autoridades locais antes de ir para casa.

Segundo postagens oficiais no WeChat, os trabalhadores serão enviados para isolamento. Cidades como Mengzhou e Luoyang providenciaram ônibus para transportá-los. O governo do condado de Dagang, além de ônibus, enviou servidores para ajudar no encaminhamento dos funcionários da fábrica aos locais de quarentena em que farão sete dias de isolamento compulsório.

A Foxconn emitiu três avisos a seus trabalhadores da unidade de Zhengzhou, prometendo garantir segurança, direitos legítimos e renda de acordo com uma postagem publicada pelo governo da cidade de Zhengzhou neste domingo no WeChat .


A empresa teria providenciado, em conjunto com o governo local, ônibus para os funcionários que optaram por voltar para casa. No entanto, não está claro quantos trabalhadores tiveram autorização de deixar a fábrica.

A Foxconn disse em comunicado à Bloomberg, que coordena com outras fábricas para reduzir o impacto do fechamento da unidade em Zhengzhou.

Nas linhas de produção, os trabalhadores receberam caixas de refeição, fornecidas pela empresa, com alimentação mais básica como pão e macarrão instantâneo, informou a Bloomberg News.

A política de Covid zero chinesa permite que as empresas permaneçam operacionais durante os bloqueios, mas cobram seu preço sobre os trabalhadores, cujos movimentos são severamente limitados, com alguns até obrigados a dormir no chão da fábrica.

Em maio, centenas de trabalhadores entraram em confronto com seguranças na fábrica da Quanta Computer Inc. em Xangai depois que eles foram impedido por meses de contato com o mundo exterior.

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