MCTIC convoca reunião para tratar de interferência do 5G nas antenas parabólicas
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, disse que vai ouvir os setores envolvidos e que sairá de entendimentos entre o MCTIC e a Anatel uma política pública para tratar da interferência do 5G nas antenas parabólicas.
“Com o 5G e possível interferência com parabólicas e esse assunto tem sido tratado pela equipe técnica da Anatel e do Ministério. A solução vai ser tomada em conjunto. Chamamos também uma reunião com representantes de cada uma das associações que tratam disso de forma que possamos encontrar uma solução técnica viável e eficiente para todos. E a política pública vai surgir a partir desses encontros e dessas soluções técnicas”, afirmou o ministro.
O leilão do 5G, que fornecedores já dizem ser o maior do mundo em quantidade de espectro, estava inicialmente previsto para o fim do primeiro trimestre de 2020, mas isso exigiria que uma versão preliminar do edital já estivesse na praça a esta altura para o começo do processo obrigatório de consulta pública, o que ainda não ocorreu.
Os estudos técnicos confirmam que há potencial interferência, mas o tamanho do impacto ainda é disputado entre teles e emissoras de televisão. A discussão, portanto, deve centrar-se na estratégia de mitigação, tendo o tratamento dado à TV Digital pelo leilão dos 700 MHz como modelo. Pontes, no entanto, não adiantou detalhes.
“Em termos de leilão das frequências, 5G é um assunto que tem sido tratado e é competência da Anatel, portanto ainda é cedo para se falar. Cabe primeiro à Anatel. Mas temos que trabalhar com o 5G em relação a antenas, e está em estudo no ministério como isso vai ser tratado”, insistiu o ministro.
Pontes também comentou sobre a relação entre a implantação do 5G e a dificuldade de licenciamento de antenas em cidades brasileiras. “A questão do silêncio positivo, que pode vir num decreto de infraestrutura, ainda está em estudo do nosso lado”, afirmou.