México ordena a separação de ativos fixos da América Móvil
Um ano depois da decisão de obrigar a América Móvil a segregar as operações de rede fixa para ofertas de atacado, o regulador mexicano de telecomunicações, IFT, anunciou ter aprovado a versão final do plano para dar efeito prático àquela decisão. A empresa detém cerca de dois terços do mercado de telecom no país.
A operadora, que no Brasil e dona do grupo Claro/Net/Embratel, avisou que vai recorrer da decisão. “O Plano de separação legal e funcional ordenado hoje pela Ifetel difere substancialmente daquele que foi apresentado por Telmex e Telnor em cumprimento da ordem de separação funcional do órgão em 2017”, rebateu a empresa.
No ano passado, em ação antitruste que afetou a maior operadora do país, o governo mexicano determinara a criação de uma subsidiária para oferta de infraestrutura no atacado. Daí os braços de operações fixas, Telmex e Telnor, terem apresentado um plano para cumprir a determinação. A queixa, portanto, é de que a versão final aprovada pelo regulador não é aquela desejada pelo grupo. E que os valores a serem cobrados estariam “substancialmente abaixo de valores internacionais de referência”.
Segundo o regulador de telecom do México, o grupo do bilionário Carlos Slim terá dois anos para implementar a separação, período durante o qual a América Móvil terá que apresentar planos de segregação de ativos e débitos. A empresa terá que separar as redes locais, ter diretorias independentes e não poderá usar as marcas Telmex, Telnor ou Telcel.
* Com informações da Reuters e do El Financieiro