Telecom

Na monetização do 5G, teles têm de investir na inovação em serviços

O 5G será um dos temas centrais do Futurecom 2023, que acontece de 03 a 05 de outubro, em São Paulo, mas muito a partir das demandas de mercado; da necessidade de aplicações e de como monetizar os investimentos e os serviços, conta Hermano Pinto, diretor do portfólio de Tecnologia e Infraestrutura da Informa Markets, responsável pelo evento. “Teremos um estudo exclusivo da Omdia sobre redes privativas sendo lançado no evento. As redes privativas são uma oportunidade de negócio e começam a ganhar presença no país”, conta. 

O analista principal da Omdia, Ari Lopes, lembra que o Brasil, hoje, mesmo que com as redes privativas incipientes, ocupa o 8º lugar no mundo. “As redes privativas são uma oportunidade de monetização efetiva. No 5G, as teles investiram muito na construção das redes, mas pouco fizeram de inovação no lado dos serviços. Essa virada de chave tem de acontecer”, ressaltou.

Lopes diz que para os próximos meses a grande expectativa é entender como as entrantes, como Brisanet e Winity vão trazer, de fato, mais competição ao mercado de telecomunicações. Na tecnologia, o analista das Omdia lembra que o 5G FWA, a banda larga fixa móvel, era ofertada por apenas quatro operadoras na América Latina no primeiro trimestre desse ano (A Claro Brasil anunciou o serviço depois). “É ainda muito pouco e mostra como temos muito por crescer. O curioso desse mercado é que EUA e Japão, líderes em fibra óptica, são também os líderes no 5G FWA”, destaca.

Com a expectativa de registrar um crescimento de 25% na audiência esse ano – em 2022 foram 30 mil visitantes, o Futurecom 2023 também vai debater um tema relevante ao setor de TIC: a reindustrialização, observa Hermano Pinto, da Informa Markets. “Não estou falando na produção de chips no Brasil. Mas deles virem empacotados para a demanda nacional, principalmente, para IoT, FWA e Open RAN”, ressalta. Também estará à mesa, a segurança cibernética, com um olhar na oferta de serviços customizados ao usuário.

Fibra óptica


A China, a Índia e o Brasil são os três países que mais adicionam clientes de fibra óptica ano a ano, segundo dados da consultoria Omdia. O levantamento da empresa se baseia nos números do primeiro trimestre deste ano. A China é o país que mais adiciona fibra, cresecendo 10% ao ano e alcançando uma penetração de 106%. O Brasil ainda é um mercado de grande potencial, já que a taxa de penetração da banda larga fixa ainda é de 42%.

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