Índia libera testes de 5G no país só com fornecedores de fora da China
O governo da Índia deu sinal verde às operadoras do país para começarem a realizar testes 5G por um período de seis meses, embora pareça que os fornecedores chineses não terão permissão para participar.
Em nota de imprensa, o Departamento de Telecomunicações (DoT) anunciou que deu permissão à Bharti Airtel, Reliance Jio, Vodafone Idea e MTNL para realizar testes de uso da tecnologia, bem como executar aplicativos alimentados por 5G.
A nota acrescenta que as empresas trabalharão com a Ericsson, Samsung, Nokia e a empresa de tecnologia estatal C-Dot, enquanto a Jio Platforms também terá permissão para usar tecnologia local. Não há menção a Huawei ou ZTE, em sinal que a Índia seguirá em frente com o bloqueio dessas empresas, desde que o governo supostamente começou a implementar novas regras de compra de equipamentos de rede em março.
Seguiu-se um mandato para as operadoras adquirirem certos equipamentos móveis de fontes aprovadas pelo governo, com restrições definidas para serem colocadas em vigor a partir de 15 de junho. O bloqueio a Huawei e ZTE se dá na esteira da deterioração das relações diplomáticas entre a Índia e a China, especialmente a partir de junho de 2020.
Para os próximos testes, o governo indiano fornecerá espectro experimental em várias bandas, incluindo banda média (3,2 GHz – 3,67 GHz), mmWave (24,25 GHz a 28,5 GHz) e em 700 GHz, enquanto as operadoras também terão permissão para usar o espectro existente também.
As operadoras da Índia optaram por não adquirir qualquer espectro de 700 MHz no último leilão do país realizado em março, apesar de gastar um total de US$ 11 bilhões em ondas 4G, culpando os altos preços de reserva.
Cada operadora também deverá realizar testes em ambientes rurais e semi-urbanos, com o objetivo de testar aplicativos, incluindo telemedicina, teleducação, AR, VR, monitoramento agrícola baseado em drones e para testar telefones e dispositivos 5G.
* Com informações do MWL