Nextel Brasil tem melhor performance em dois anos, mas ainda registra prejuízo operacional
A controladora da Nextel Brasil, NII Holdings manteve o prejuízo operacional no primeiro trimestre de 2018, mas a operação brasileira apresentou sinais de recuperação. Nos resultados financeiros divulgados nesta terça-feira, 08/05, a NII Holdings registrou receitas operacionais consolidadas de US$ 181 milhões, prejuízos operacionais consolidados de US$ 14 milhões e OIBDA (resultado operacional antes de depreciação e amortização) ajustado consolidado negativo de US$ 8 milhões. O OIBDA consolidado ajustado da empresa excluiu o impacto da depreciação de ativos não monetários, custos de reestruturação e outros itens não recorrentes. No trimestre, as despesas de capital foram de US$ 8 milhões.
A Nextel Brasil apresentou uma melhora dos seus resultados de assinantes de 3G/4G no primeiro trimestre de 2018, com adição líquida de 92,9 mil assinantes, um aumento de 66,1 mil assinantes em relação ao quarto trimestre de 2017 e o maior nível de adição líquida de assinantes 3G/4G em mais de dois anos. Além disso, o churn na base de assinantes 3G/4G do primeiro trimestre foi de 2,37%, uma redução de 110 pontos-base em relação ao quarto trimestre de 2017, atingindo o seu nível mais baixo em mais de três anos. No período, houve migração de 34,8 mil assinantes da rede iDEN para a rede 3G/4G, um aumento de 11,3 mil assinantes quando comparado ao quarto trimestre de 2017.
A Nextel Brasil reduziu o churn 3G/4G para 2,37%, o que resultou em uma adição líquida de 93 mil assinantes à base nos três primeiros meses do ano. Outros indicadores seguem em recuperação, entre eles, o net promoter score, o qual, informa a Nextel Brasil, a partir de pesquisas próprias, aumentou para 33 pontos desde abril, atingindo o nível mais elevado entre as operadoras de telefonia móvel no Brasil.
“Em relação aos nossos resultados financeiros, conseguimos limitar a perda de OIBDA ajustado para US$ 8 milhões no primeiro trimestre. Olhando para o futuro, manteremos o foco na promoção de crescimento saudável da base de assinantes na plataforma 3G/4G. Esperamos que o desligamento de nossa rede iDEN, no segundo trimestre, terá algum impacto nos resultados, mas seguimos alinhados para atingir o guidance para o ano”, enfatiza Roberto Rittes, CEO da Nextel Brasil.
No primeiro trimestre, a receita média mensal por assinante (ARPU) da Nextel Brasil foi de US$ 17, o custo por adição bruta (CPGA) foi de US$ 77 e o custo médio para retenção de usuários (CCPU) foi de US$ 16. Ao final do período, as fontes de financiamento da NII Holdings totalizavam US$ 297 milhões, incluindo US$ 187 milhões de caixa livre disponível (caixa não restrito) e investimentos de curto prazo e US$ 110 milhões em recursos mantidos em juízo para garantir obrigações indenizatórias relacionadas à venda da Nextel México.
“Os resultados obtidos no primeiro trimestre representam um momento de virada para nós por diversas razões. Retomamos o crescimento da base de assinantes pela primeira vez em mais de dois anos e crescemos a receita de 3G/4G pela primeira vez em quatro trimestres”, diz Dan Freiman, CEO da NII Holdings. Em 1° de janeiro de 2018, a empresa implementou o código de normas contábeis (Accounting Standards Codification) n° 606, “Receita de Contratos com Clientes”, que no primeiro trimestre de 2018 reduziu a receita operacional e as despesas com vendas, gerais e administrativas da empresa em US$ 4 milhões e US$ 6 milhões, respectivamente.
*Com informações da Nextel Brasil