Telecom

No Brasil, banda larga fixa custa em média R$ 3 por 1 Mbps

Um novo relatório da Anatel tenta fazer um raio-X do mercado de banda larga no Brasil e indica que o preço médio do Mbps no país está em R$ 3. A análise mostra que ao longo da última década o setor foi puxado por provedores menores e pelo avanço da Net, com as conexões por cabo ou fibra óptica se tornando predominantes.

O serviço de conexão fixa à internet é o único em telecomunicações a manter crescimento contínuo – enquanto telefonia fixa, móvel e TV paga entram no quinto ano consecutivo de recuo. Entre 2007 até o fim de 2018 o número de acessos ativos passou de 8,2 milhões para 31 milhões, algo como 12,8% ao ano, semelhante ao ritmo mundial (13%).

Segundo o relatório, o valor médio de 1 Mbps é de R$ 3,50, mas o preço médio acaba distorcido pela Sercomtel, que aparece com o maior valor do país (R$ 5,50 por Mbps). Sem ela, considerando-se os preços médios por megabit da Claro/Net (R$ 2,70), Oi (R$ 2,90), Tim (R$ 3,10) e Vivo (R$ 3,30), que juntas detém mais de 75% do mercado total, o valor médio cai para R$ 3.

Segundo a Anatel, mesmo considerando-se o valor médio mais alto, o movimento foi de queda significativa ao longo da última década. “Entre 2010 e 2018, o preço médio mensal de 1Mbps caiu 83%, passando de R$ 21,18 para R$ 3,50”, destaca a agência. A redução mostra uma relação direta com a melhoria dos pacotes adquiridos no país, com aumento progressivo das velocidades.

Como mostra o relatório, a maior parte dos planos de acesso estão nas faixas de 2 a 12 Mbps, que representam 31,5% do total. No entanto, pacotes de velocidades maiores estão rapidamente se tornando predominantes. Aqueles com velocidades acima de 34 Mbps já representam 26,1% do total, com as conexões de 12 a 34 Mbps vindo em seguida e totalizando 26% – portanto, 52% dos acessos já são acima de 12 Mbps. Com base no ranking por estado, a Anatel indica que a velocidade média contratada nacionalmente é de 24,62 Mbps.


O desempenho está relacionado ao avanço das conexões por fibra óptica ou cabo coaxial. As redes metálicas ainda representam a maior parte dos acessos no país (41,9%, ou 13 milhões de conexões), mas estão em queda (eram 71,9% em 2007). A fibra, que representava apenas 0,5% do total dez anos antes, é a tecnologia que mais cresce e terminou 2018 com 18,5% das conexões (5,7 milhões), atrás do cabo (30%, 9,5 milhões).

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