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Nova recuperação judicial da Oi prevê empréstimo prioritário de até R$ 3,2 bilhões

A Oi protocolou nesta terça-feira, junto à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a nova proposta do Plano de Recuperação Judicial, aprovado pelo Conselho de Administração da companhia, após ampla negociação com credores. A nova versão do Plano deverá ser submetida à votação em Assembleia Geral de Credores, prevista para o início de março e, posteriormente, à homologação pelo Juízo da RJ.

Com o novo Plano, a Oi espera alcançar a reestruturação de suas dívidas financeiras adequando-as à sua capacidade de pagamento, sem comprometer sua operação e a expansão de seus negócios no segmento de fibra ótica, principal produto da companhia. Entre as propostas, está prevista a captação, via empréstimo prioritário, de até U$ 650 milhões,ou R$ 3,2 bilhões. A companhia também espera poder captar outros recursos, por meio de um aumento eventual de capital, ou da contratação de novas linhas de crédito para o refinanciamento das dívidas.

Para estas operações, a Oi teria como garantia a venda de ativos como a UPI (Unidade Produtiva Isolada) ClientCo (empresa que concentra 4 milhões de clientes de fibra) e da participação da V.tal (empresa de rede neutra). Além disso, o plano prevê a reestruturação dos créditos de fornecedores Take or Pay (contratos com garantia de consumo mínimo), em consonância com as negociações em andamento com empresas de Torres e Satélites.Na prática, a Oi prevê obter R$ 7,3 bihões com a venda da ClienteCo, ou a Oi Fibra. E R$ 8 bilhões com a venda de 100% das ações que ainda detém na V.tal, ou 32% do capital da empresa de rede neutra.

Não foi feita a inclusão da Oi Souções, o braço B2B da Oi. A unidade de negócios corporativos tem apresentado expansão em TI. Segundo a Oi, no terceiro trimestre de 2023, os serviços de TIC registraram um crescimento anual de 23,8% e de 6,1% na comparação com o trimestre anterior, representando 26,2% da receita de Oi Soluções no período. O aumento das aplicações de TIC teve forte contribuição dos serviços de Cloud, com alta de 174% no ano, além dos serviços de Segurança e de Redes baseadas em gestão por software (SD-WAN), que subiram 30% e 28% respectivamente.

“Este plano procura atender os principais objetivos da empresa, mas também abre nova perspectiva para os credores e para todos os stakeholders da companhia. Sabemos que mesmo com o sucesso da primeira RJ, este novo processo foi necessário para a equalização das dívidas financeiras, a maior parte delas atrelada à variação cambial. Desta vez, nossa negociação está voltada principalmente para os bondholders, detentores de títulos de ECAs e bancos nacionais, além de fornecedores de contratos Take or Pay. Para estes credores, também é crítico que a Oi tenha a possibilidade de atingir a sustentabilidade”, explicou o conselheiro da empresa, Rodrigo Abreu, ex-CEO da companhia e que permanece à frente das negociações com os credores.


Em 2023, a Oi alcançou, até o final do terceiro trimestre, 4 milhões de casas conectadas por fibra ótica, apresentando crescimento anual de receita de 6% só com este serviço. A fibra é hoje o principal produto da companhia, representando cerca de 60% da receita da nova Oi (sem contar o legado). A nova versão do Plano deverá ser submetida à votação em Assembleia Geral de Credores, prevista para o início de março e, posteriormente, à homologação pelo Juízo da RJ. A Oi soma 165 mil credores. 

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